Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024

Gaeco cumpre mandados de busca em investigação sobre extorsão, agiotagem, corrupção e lavagem de dinheiro no PR

2022-08-30 às 10:26

O Ministério Público do Paraná, por meio do núcleo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina, no Norte Central do estado, cumpre na manhã desta terça-feira, 30 de agosto, dez mandados de busca e apreensão dentro da segunda fase da Operação Surreal, que investiga a prática dos crimes de extorsão, agiotagem, disparos de arma de fogo, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa e associação criminosa.

Expedidos pelo Juízo de Direito da 4ª Vara Criminal de Londrina, os mandados são cumpridos em Londrina, Arapongas, Ibiporã, Jataizinho, Matinhos e Tamarana, todos municípios do Paraná, e em Bataguassu, no Mato Grosso do Sul.

Investigações – As investigações da Operação Surreal tiveram início em fevereiro de 2021, após o Gaeco de Londrina receber notícia de disparos de arma de fogo contra vítimas de suposta extorsão, com possível envolvimento de agentes públicos. Com a deflagração da primeira fase da Operação Surreal, em março de 2022, foi identificada a existência de falsa empresa de factoring (fomento mercantil) utilizada para prática de agiotagem,  registrada em nome de “laranjas”, para ocultar os reais autores dos delitos.

A continuidade das apurações revelou a existência de lavagem de dinheiro, com uso de pessoas físicas e jurídicas para ocultação de bens e valores provenientes de crime contra a economia popular. Um dos investigados chegou a receber R$ 30 mil para figurar como proprietário “laranja” de grande empreendimento imobiliário na região de Ibiporã.

Corrupção – As buscas realizadas nesta data objetivam apurar também possíveis crimes de corrupção passiva e ativa para obtenção de licenças ambientais e autorização para loteamento na cidade de Jataizinho, razão pela qual a residência e o gabinete de um servidor público da prefeitura do município estão entre os alvos da operação.

As investigações já resultaram no sequestro judicial de sete imóveis registrados em nome de pessoas jurídicas vinculadas aos investigados, para garantir a recuperação de ativos provenientes de infrações penais.

do MPPR