Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024

Gaeco denuncia grupo por exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro no Paraná

2021-08-31 às 14:33
Foto: Divulgação

O Ministério Público do Paraná, por meio do núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ofereceu denúncia nesta segunda-feira, 30 de agosto, contra seis pessoas investigadas na Operação Arapongas, que apura a exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro naquela cidade do Norte-Central do estado. A denúncia elenca seis crimes, com diferentes participações dos envolvidos: organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, obstrução da justiça e lavagem de ativos.

Entre os denunciados, estão um delegado aposentado da Polícia Civil – que seria um dos coordenadores do esquema criminoso e teria praticado, entre outros delitos, corrupção passiva e ocultação de elementos probatórios – e uma ex-servidora da 22ª Subdivisão Policial de Arapongas, que teria recebido propinas mensais para dificultar o combate ao jogo do bicho na cidade.

Também foi denunciado um ex-presidente da Câmara de Vereadores de Arapongas, acusado de atuar como chefe do esquema de exploração da contravenção do jogo do bicho, sendo o responsável pelo fornecimento de “máquinas para a feitura dos jogos ilegais para os estabelecimentos comerciais, contratar os prepostos que atuam na exploração do jogo, ordenar pagamentos e transações financeiras, bem como por determinar o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos com o objetivo de facilitar a prática da contravenção”. Ao todo, ele controlaria 257 pontos de apostas do jogo do bicho.

Costureira – A Operação Arapongas foi deflagrada em setembro de 2020 para apurar o funcionamento de um possível esquema de corrupção de policiais na 22ª Subdivisão Policial de Arapongas. Em sua comunicação, o grupo denominava a propina como “costuras, blusas ou encomendas”, e o bicheiro era chamado de “costureira”. Além disso, há indícios de fornecimento de informações sigilosas para o grupo criminoso por agentes da Polícia Civil.

 

Informações MPPR