Sábado, 27 de Julho de 2024

Juliana Ribeiro, da Eficácia Brasil, fala sobre a intoxicação plástica

2022-08-26 às 17:53

Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta sexta (26),  a farmacêutica Juliana Ribeiro, da Farmácia Eficácia Brasil, destacou os problemas que a intoxicação promovida pelo plástico das garrafinhas de água no nosso organismo.

Essa intoxicação, a partir do BPA e do bisfenol, pode ser bastante prejudicial. “São substâncias que vão acoplar na membrana da sua célula. Temos trilhões de células. E o que acontece? Dificulta a produção de hormônio. A mulher pode até ficar infértil temporariamente e não sabe por que está intoxicada com esses produtos”, diz.

Juliana ressalta que o problema é que bebemos essa água de garrafinhas de plástico a todo o momento, não é um consumo esporádico. Ela recomenda a adoção de garrafa de vidro. “A situação não é frescura. Com o avanço tecnológico, tudo muda. Então, vão ter mudanças de materiais. O homem, através da Engenharia de Materiais, vai criando mais materiais para facilitar nosso dia a dia. Mas são materiais que não sabemos o que pode acontecer, a longo prazo, no organismo, o que pode acarretar, de alguma doença crônica”, alerta.

Da criação da garrafa de plástico até hoje, estudos concluíram, segundo Juliana, que substâncias que compõem o polímero vão se conectar com o receptor hormonal, “que estão na membrana de toda célula nossa, atrapalhando a ação desse hormônio no seu corpo”, afirma.

“As consequências – e isso não é frescura, é fato – é que a pessoa engorda bebendo água”, diz. O problema se agrava se a água armazenada em galões plásticas fica exposta à luz e ao calor. “Vai soltando substância química naquele galão e você vai tomando. Para água engarrafada em garrafinhas de plástico, é a mesma coisa. Pensando que 70% do nosso corpo é composto de água, olhe a importância da ingesta, da qualidade da água que você tem no seu corpo, no seu dia a dia”, salienta.

Para Juliana, o melhor material para o armazenamento dessa água é o vidro. As garrafas de alumínio não seriam tão recomendáveis, segundo ela, porque muitas delas são revestidas, internamente, de plástico. “Outras são de inox, aí tudo bem”, diz.

“No meu atendimento farmacêutico, na Eficácia Brasil, vou elencando aqueles possíveis tóxicos que a pessoa está utilizando no dia a dia e nem percebe: uma panela, um desodorante, a garrafinha de água. São coisas simples, que você ligou no automático e nem percebe que estão te intoxicando e te adoecendo”, destaca.

Confira como foi o bate-papo na íntegra: