O delegado Luciano Flores foi exonerado do cargo de Superintendente Regional da Polícia Federal (PF) do Estado do Paraná. A decisão foi publicada em Diário Oficial da União nesta terça-feira (2) e assinada por Taercio Tokano, secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Flores foi um dos delegados em destaque durante a Operação Lava Jato e fez condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2016. Ele assumiu a função em fevereiro de 2019 sob indicação de Maurício Valeixo, quem ocupava o cargo anteriormente.
A mudança ocorre durante as investigações que apuram uma suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na PF.
Vale lembrar que Valeixo, que escolheu Flores para o cargo, deixou a função de Superintendente no Paraná para se tornar o diretor-geral da PF após escolha do ex-ministro Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública. Contudo, a exoneração de Valeixo, definida por Bolsonaro, resultou no pedido de demissão feito por Moro.
Além disso, a Superintendência da PF no Paraná é uma das mais importantes do país. Foi na PF em Curitiba, por exemplo, onde Moro e Valeixo prestaram seus depoimentos no inquérito e onde Lula ficou preso por um ano e sete meses.
Omar Gabriel Haj Mussi, que trabalhava como corregedor-geral da Polícia Federal, assumirá a função de Flores. Mussi é paranaense, com experiência de ter sido superintendente da PF em Alagoas e diretor de Administração e Logística da Polícia Federal.
Luciano Flores entrou na Polícia Federal em 2002 e atuou na Lava Jato entre 2014 e 2016. Dentro da Operação, uma das suas maiores responsabilidades foi interrogar e executar a condução coercitiva do ex-presidente Lula.
Antes, ele foi delegado regional executivo da PF no Espírito Santo e depois passou pelo Mato Grosso do Sul até ser nomeado como chefe no Paraná.
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