No programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero e Eduardo Vaz na Rádio Lagoa Dourada FM (105.9 e 90.9), nesta segunda-feira (20), a médica Dra. Natália Queiroz participou de bate-papo sobre medicina funcional e integrativa, relacionadas à longevidade.

Segundo a médica, a medicina funcional vai em busca da raiz dos problemas e não apenas nos sintomas. Já a medicina integrativa utiliza várias metodologias complementares para aumentar o bem-estar do paciente. “A consulta é como se fosse com um clínico geral, fazemos anamnese, exames físicos. Utilizamos exames de sangue, de imagem, quando necessário exame salivar também, em que podemos dosar hormônios e cortisol, por exemplo”, explica. Além disso, a médica explica que é necessário buscar o histórico clínico de cada paciente. “Às vezes são alterações desde a infância, pessoas que ficavam muito doentes quando eram crianças e tomaram muito antibiótico, tem muito impacto na vida adulta”, completa.

Durante o tratamento, o paciente será acompanhado por uma equipe multidisciplinar, composta por dentistas, psicólogos, nutricionistas e médicos. “Precisamos de todas essas forças unidas para manter a saúde do corpo”, diz.

Pilares da saúde

Dra. Natália ainda explica sobre os pilares da saúde, essenciais para uma boa qualidade de vida. “A parte da saúde mental e emocional, saúde bucal, porque os dentes têm uma forte ligação com o corpo e temos uma tendência a separar essas coisas, e a questão da espiritualidade. Temos esses são pilares para saúde e todos precisam ser vistos. Coisas que são muito ignoradas é a qualidade do sono, poucas pessoas dão importância e cuidam do sono, que tem um impacto muito grande para nossa saúde”, elenca.

Dra. Natália comenta que “prevenir é o melhor remédio”, assim como diz o ditado. “Se tem alguma alteração, que você pode não ter sintoma, mas que já tem alteração laboratorial, já consegue resolver antes que vire um problema”, afirma. Contudo, para isso é preciso tomar atitude e “fazer o básico”, conforme explica a médica. “Não tem que ser difícil, não tem que ser caro. A gente tem um tedência de justificar a nossa falta de ação, ‘não tenho dinheiro, não tenho tempo’. Mas faça o básico, comer o mais natural possível, descasque mais e desembrulhe menos, fazer atividade física, controlar o estresse”, completa.

Envelhecimento com saúde

A médica também reflete sobre a questão do envelhecimento. “Quando a gente fala em longevidade, a questão é estender a vida, mas a gente vai se perguntar: ‘com que qualidade de vida?’. A pessoa vai estar acamada? Tomando muitos remédios? Ou vai estar fazendo as atividades do dia a dia, seguindo a vida? Isso tem trazido muita reflexão porque antigamente as pessoas morriam mais cedo, a sobrevida era mais curta. Hoje em dia, a sobrevida é maior, mas a qualidade não está acompanhando, precisamos melhorar”, conclui.

Confira a entrevista completa: