Sábado, 14 de Dezembro de 2024

Médico é detido no Paraná após paciente denunciar atendimento sob efeito de drogas

2021-06-21 às 19:35

Um médico foi detido em uma unidade municipal de saúde, nesta segunda-feira (21), em Cafelândia, no oeste do Paraná, após o acompanhante de um paciente denunciar que o profissional estava atendendo sob efeito de drogas, conforme a Polícia Militar (PM).

De acordo com a PM, a equipe policial foi até a unidade e constatou que o profissional apresentava sinais de alteração da capacidade motora.

Durante uma vistoria, segundo a polícia, foi encontrado cerca de cinco gramas de cocaína no consultório em que o médico estava atendendo.

Conforme a polícia, o médico foi levado à delegacia e assinou um termo circunstanciado por posse e uso de drogas, e foi liberado na sequência.

A polícia informou que, durante toda a abordagem, o médico cooperou com o trabalho da equipe.

O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) informou que o médico envolvido no caso está com o cadastro ativo, mas conta com procedimentos éticos em curso e com trâmite sob sigilo. O nome dele não foi divulgado.

Apuração do caso

De acordo com a Prefeitura de Cafelândia, o médico envolvido é de Cascavel, também no oeste, e presta serviços há dois meses no município por meio de um empresa terceirizada.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os fatos estão sendo apurados e a empresa será notificada, tendo o contrato rescindido junto ao município. Providências cabíveis ao caso já estão sendo tomadas.

A prefeitura lamentou o ocorrido e disse que colocou à disposição dois médicos efetivos do município para assumir o atendimento na tarde desta segunda-feira, para que a população não ficasse desamparada.

O Conselho Regional de Medicina informou que ainda não recebeu denúncia formal sobre a prisão do médico na unidade de saúde de Cafelândia.

Entretanto, como a notícia se tornou pública, foi instaurado um procedimento para apurar desvio ético no exercício da atividade. Além disso, serão avaliadas medidas de proteção à sociedade e do próprio profissional.

Segundo o CRM-PR, por questões legais, a sindicância ocorre sob sigilo.

informações: G1