Os médicos terceirizados do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Ponta Grossa estão sem receber os salários referentes ao mês de janeiro. A afirmação foi feita à reportagem do D’Ponta News por um trabalhador, que preferiu não se identificar. Ele revelou que os médicos emitiram nota fiscal com relação aos salários no dia 2 de fevereiro, porém, com o mês quase encerrando, a OZZ Saúde, empresa pela qual os funcionários são contratados, ainda não teria efetuado os pagamentos.

Na segunda-feira (21) ocorreu uma reunião entre os médicos e a OZZ. “Simplesmente falaram que não tinha previsão do pagamento, porque as contas estavam bloqueadas”, afirma. “A gente trabalha e quer receber, então tendo conta bloqueada ou não, a gente quer receber, queremos uma solução”, declara.

No dia seguinte, na terça-feira (22) o CimSAMU emitiu uma notificação extrajudicial pedindo para que a OZZ efetuasse os pagamentos atrasados em até 48 horas, sob pena de rescisão contratual. O prazo encerra nesta quinta-feira (24), porém, até a tarde de hoje, a OZZ não havia se manifestado. “Estamos ameaçando parar mesmo e levar a denúncia ao CRM e Ministério Público”, afirma o médico.

O funcionário ainda afirma que o histórico da OZZ já é marcado por atrasos de pagamento dos funcionários, além de estar envolvida em outros processos em Santa Catarina e Rio de Janeiro. “Isso prejudica não só a gente, mas os condutores e enfermeiros também. Se o pagamento está bloqueado, eles também não vão receber o mês seguinte”, completa.

O portal D’Ponta News entrou em contato com a OZZ Saúde, questionando qual o prazo para o pagamento dos salários e qual a solução prevista para o problema financeiro. O CimSAMU também foi indagado a respeito dos trâmites legais, caso a empresa não coloque os débitos em dia. Porém, até o fechamento desta matéria, não houve retorno das duas entidades.

Atualização: Em nota enviada ao D’Ponta News, a OZZ Saúde afirmou que “Na sexta-feira (25), todos os pagamentos serão quitados, inclusive com todos os juros e acréscimos legais, por dia de atraso, conforme previsto em contrato firmado com cada profissional”. Além disso, a empresa também afirma que o atraso teria ocorrido “de forma inesperada, devido a um impedimento de força maior, e que tal situação já fora sanada”.