Quinta-feira, 28 de Março de 2024

Morre padre João Holanda, aos 55 anos, após AVC

2022-04-09 às 12:26

    A Congregação Cavanis e a Paróquia Nossa Senhora de Fátima vivem o luto da perda do padre João da Costa Holanda. Na madrugada deste dia 9, depois de três meses internado, lutando contra as sequelas de um acidente vascular cerebral, o ex-pároco da comunidade da Vila Cipa, em Ponta Grossa, faleceu. Em fevereiro, padre João Holanda estava de férias com familiares, em Belém do Pará, quando passou mal. Foi levado inicialmente para o Hospital Unimed, mas acabou transferido para o centro cirúrgico do Hospital Guadalupe. Seu quadro de saúde vinha oscilando desde então. No último dia 1º, apresentou complicações clínicas e foi necessário iniciar hemodiálise e administrar noradrenalina para a estabilização das funções vitais.

     Padre João Holanda tinha 55 anos. Completaria 27 anos de ministério sacerdotal no próximo dia 27 de maio. Chegou ao Paraná, a Castro, na década de 80, onde residida a irmã velha, religiosa da Congregação das Irmãs Servas da Anunciação. Foi ali seu primeiro contato com os padres Cavanis. Se encantou com tudo que viu e foi convidado a participar do estágio vocacional. No dia 22 de fevereiro de 1983 veio de mudança para Castro para a formação inicial de cinco anos. Passou mais três anos em Ponta Grossa, vivendo também o noviciado e se envolvendo com a Pastoral Vocacional da Diocese. Em 1991, iniciou o curso de Teologia no Instituto Santo Tomás de Aquino, de Belo Horizonte.

     Foram quatro anos de muitas realizações: experiências pastorais nas comunidades da Paróquia Imaculada Conceição, em Engenheiro Navarro, interior de Minas; aulas na Escola João Lopes Gontijo, envolvimento com o Movimento dos Sem Teto, a luta pelas ‘diretas já’, o contato com o Projeto Construir a Esperança, da arquidiocese de Belo Horizonte. A ordenação presbiteral se deu em 27 de maio de 1995, na Paróquia Imaculada Conceição, na capital mineira. Enquanto padre, serviu em Realeza, no Paraná, Belo Horizonte; Novo Progresso, no Pará. Foi o primeiro Cavanis vindo da Amazônia e era o primeiro Cavanis na Amazônia.

     Em 2001, voltou ao Paraná para assumir a formação de novos presbíteros/religiosos e ainda dar suporte ao padre Cleimar Facini, que estava em fase terminal acometido de um câncer. Em 2007, serviu junto ao Seminário de Teologia em Belo Horizonte. Em 2013, foi pároco na Paróquia Santa Maria Mãe de Misericórdia, ainda em Belo Horizonte. E em 2019, torna-se pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima e diretor da Casa do Menor Irmãos Cavanis, em Ponta Grossa. Este ano, padre João Holanda viajou no dia 7 de janeiro para Teresópolis (RJ), onde foi pregar um retiro, dos dias 8 a 15, para as religiosas da Congregação das irmãs Angélicas de São Paulo. O momento de espiritualidade foi conduzido por ele, que celebrou também a missa de encerramento. Depois disso, o padre seguiu para o Pará, de férias.

      “A vida é feita de sonhos e de buscas e no sonho e na busca se faz necessário o empenho e o engajamento para concretizar esses dois polos muito importantes na vida humana. Desde muito cedo eu tinha vontade de ser padre. Muito me fascinava a vida do pároco da minha cidadezinha de Igarapé Açu, padre João Mamede, um italiano da congregação dos Salesianos, que andava pela minha cidade e encontra-o na rua era uma grande satisfação especialmente quando ele com aquelas mãos enormes tinha um jeito próprio de nos cumprimentar, apertar as bochechas. Crescia em mim um enorme desejo de ser padre, ajudar as pessoas, buscar o bem de todos. (Aos 17 anos) comuniquei (a vontade de ir para um seminário) à minha mãe que logo aceitou, mas que me deu uma grande observação: ‘você vai, mas não sai e seja um bom padre”, contou padre João Holanda em maio de 2020, em um texto pela comemoração de seu Jubileu de Prata.

     O velório de padre João Holanda será na igreja dos Capuchinhos, Capela Santa Terezinha, no bairro de São Braz, em Belém. A previsão é que o corpo seja transladado no domingo para a cidade de Igarapé Açu, também no Pará. Ainda não foi informado o horário do sepultamento. Siga em paz, padre João! O senhor conseguiu: foi um bom padre, ajudou as pessoas e buscou o bem de todos. O desejo de ‘dona’ Marieta da Costa Holanda se concretizou!

da assessoria