A estudante de enfermagem Joyce Silva, de 41 anos, residente em Balneário Arroio do Silva (SC), está movendo uma ação judicial na tentativa de comprovar que é filha do cantor Amado Batista, de 74 anos. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles.

Joyce já passou por um exame de DNA, cujo resultado foi negativo. No entanto, ela questiona a validade do teste, alegando que ele foi realizado em condições inadequadas. “Havia muitas pessoas na sala, não houve uso de EPIs, e ele ficou isolado com os representantes do laboratório”, afirmou.

Segundo Joyce, a mãe dela, Gilmara, teria tido um envolvimento com Amado Batista em 1983, durante uma visita do artista a uma rádio em Porto Alegre (RS). Gilmara afirma que o relacionamento ocorreu e que, pouco depois, descobriu a gravidez. “Ele segurou minha mão, fomos até uma lancheria conversando. Tivemos um relacionamento e depois nunca mais nos vimos”, disse.

Um primeiro teste feito por Joyce com o namorado da época descartou a paternidade. Ela então passou a buscar o reconhecimento por parte do cantor. O processo judicial foi iniciado em outubro de 2023 e, de acordo com reportagem exibida no Domingo Espetacular (Record TV), Amado Batista chegou a concordar com o exame. A Justiça do Rio Grande do Sul autorizou a realização de uma nova coleta, mas, segundo a família de Joyce, não houve mais retorno do artista.

O advogado do cantor, Maurício Vieira de Carvalho, nega qualquer irregularidade. Ele sustenta que o primeiro exame foi conduzido de maneira adequada e confirma que o resultado excluiu a possibilidade de vínculo biológico entre os dois. Ainda segundo ele, a defesa não foi notificada sobre um novo teste.

Além da questão judicial, Joyce destaca a importância de esclarecer a paternidade por motivos de saúde. Sua filha, Emily, de 16 anos, foi diagnosticada com síndrome de Li-Fraumeni, uma condição genética rara que aumenta o risco de câncer. A jovem também enfrenta outras complicações, como paralisia cerebral, meningite bacteriana e crises convulsivas. A família acredita que o mapeamento genético de Joyce pode ajudar os médicos a entenderem melhor a origem da síndrome e indicar tratamentos mais eficazes.