Servidores Municipais de Ponta Grossa estão preocupados com a situação da contratação dos funcionários para a nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ponta Grossa. A inauguração da nova UPA está prevista para o final do ano de 2020, mas, até o momento, a Prefeitura ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

Para Roberto Ferensovicz, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ponta Grossa (SindServ), esta incerteza é que preocupa os servidores da saúde. “Não há uma proposta clara do governo, não foi anunciado um plano. Talvez eles estejam apostando que os servidores não queiram ficar no Hospital da Criança e peçam para ser transferidos. Mas abrir uma UPA apostando que os servidores queiram ir trabalhar lá? E se ninguém quiser ir? Ou se poucos servidores quiserem ir?”, questiona Roberto.

Além disso, o presidente do SindServ também questiona sobre a falta de mão de obra da área da saúde em Ponta Grossa. “Sempre houve um déficit de pessoal, tanto nas unidades de saúde, quanto no Pronto Socorro. Com o início da pandemia, nós tivemos a saída de alguns servidores, porque fazem parte do grupo de risco. Logo em seguida vieram os afastamentos por suspeita ou confirmação de COVID-19. Tem uma rotatividade no afastamento e essa mão de obra não foi reposta”, afirma Roberto.

Em nota, a assessoria da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa explica que ainda não foi realizado um levantamento de quantos funcionários irão compor o quadro da nova UPA Sant’Ana, mas existe a possibilidade de remanejamento de equipes que já atuam nas unidades médicas da cidade. “A Fundação Municipal de Saúde poderá remanejar de serviços específicos, como: do PA, do HC, inclusive do credenciamento emergencial, caso haja necessidade neste momento. A FMS tem, inclusive, feito o chamamento de profissionais aprovados em concurso”, afirma a assessoria.