Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero e José Amilton, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta quarta-feira (18), a médica especialista em ginecologia regenerativa, estética íntima e saúde sexual, Dra. Adriana Lopes, conversou sobre a valorização e o empoderamento da mulher.
A médica conta que uma das grandes dificuldades das mulheres é saber como se posicionar entre as questões de estar estar empoderada, ser profissional, mãe, e acabar misturando e perdendo o cuidado consigo e com o parceiro ou parceira. “Eu percebi que estávamos nos perdendo. Nós buscamos nos empoderar, buscando uma igualdade, mas nós estávamos tendo um conflito na questão de nos deixar cuidar. É esse resgate que eu quero ter”, pontua.
“Nós saímos de uma diferença social e intelectual muito grande, a mulher teve que brigar muito para ter essa igualdade, respeito financeiro, hoje a gente pode assumir cargos que eram exclusivamente masculinos, mas sem deixar um pouco de lado esse cuidado”, destaca a médica.
Este empoderamento também beneficia o parceiro ou a parceira da mulher. “A questão é a construção. Nem todo dia eu estou feliz, mas é uma construção. Quando você constrói a sua imagem, o seu posicionamento no seu relacionamento, o seu parceiro automaticamente vai entender, poxa ela não está bem, mas é momentâneo, porque eu sei a mulher que eu tenho, ela pode estar com a unha por fazer, o cabelo por retocar a raiz, mas eu sei a mulher que eu tenho, ela não vai deixar de ser poderosa por causa disso”, diz.
Desta forma, a médica ainda esclarece que esta atitude de empoderamento não tem o objetivo de diminuir os homens, mas sim para que a mulher se conheça e atinja o máximo de plenitude com ela mesma.
Reposição hormonal
Além das questões já citadas, o empoderamento feminino também tem a ver com conhecer o próprio corpo e os sinais que ele dá de que algo precisa receber atenção. Como exemplo, a médica cita a reposição hormonal, que se faz necessária ao menos 10 anos antes da menopausa. “A reposição hormonal tem muitos benefícios, a gente sabe que o estrogênio tem muitas ações, como prevenção de alzheimer, proteção cardiovascular, ajuda em osso, músculo, lubrificação vaginal. Os sintomas não são determinantes para a mulher usar reposição hormonal”, alerta.
“Nosso objetivo é que as mulheres saibam o que elas podem fazer para ficar bem”, explica Dra. Adriana, enfatizando que para um bom relacionamento com o parceiro ou parceira é necessário, antes de tudo, estar bem consigo mesma.
Ela ainda alerta que “sexo não é tudo no relacionamento, mas é muito”. “Através do sexo você vai desenvolver a tua intimidade, a tua cumplicidade. É o momento de maior entrega, você entrega o que tem de mais precioso para a pessoa que está com você. Isso determina confiança, isso empodera você e a pessoa que está junto com você. A vida sexual do casal é mais do que a gente pode imaginar, ela está entre os tópicos mais importantes do relacionamento”, completa.
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Confira a entrevista completa: