O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (NUCRIA) concluiu a investigação que levou à prisão pai e madrasta, acusados de abusar sexualmente de um adolescente de 13 anos, no dia 28 de fevereiro, em Ponta Grossa. Relembre clicando aqui.
De acordo com as investigações, o menino teria contado que sofria os abusos sexuais para uma professora na escola onde frequenta. A mãe foi chamada até a instituição, alegou não saber das violências sofridas pelo filho e acionou o NUCRIA.
A Polícia constatou que, nas visitas que o filho realizava na casa do pai, o homem obrigava o adolescente a tocar no corpo da madrasta e, logo em seguida, o casal praticava relação sexual na frente da vítima. Em dezembro, o pai teria obrigado o filho a praticar relação sexual com a madrasta, quando teria manipulado o pênis do adolescente para esse intuito.
Não suportando mais os abusos, a vítima teria procurado uma professora na escola onde frequenta. A diretora da instituição acionou a mãe do adolescente, que alegou não saber dos abusos. Ela acionou o NUCRIA e as investigações foram iniciadas. Segundo a Polícia, o adolescente teria relatado com muito nervosismo e com detalhes as violências sofridas e denunciou pois não estaria mais suportando a situação.
Prisão e novas informações
A delegada Ana Paula Cunha Carvalho representou pela prisão dos suspeitos e, durante interrogatório, o homem de 44 anos permaneceu em silêncio e a madrasta, de 29 anos, confessou os fatos e afirmou que era obrigada a praticar os abusos contra o enteado, mas que o fazia por ser também vítima de violência pelo próprio companheiro. Ela relatou que o homem de 44 anos a ameaçava, caso não participasse dos abusos contra o enteado. As denúncias da madrasta serão investigados pela Delegacia da Mulher.
Com o cumprimento dos mandados de prisão, os autores foram encaminhados ao presídio Hildebrando de Souza, onde permanecem à disposição da Justiça. A pena para os crimes pode chegar a quase 20 anos de prisão. “Nestas situações percebemos a importância da rede de proteção e conhecimento dos procedimentos pelas pessoas que dela fazem parte, pois mais uma vez a escola serviu como porta de entrada de denúncias de abuso sexual infantil”, diz a delegada.
com informações da PCPR/13ª SDP