Prefeitura de Ponta Grossa estuda possibilidade de trazer equipamentos de Curitiba para ampliar número de leitos de UTI disponíveis no município
Na manhã dessa segunda-feira (31), o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel, esclareceu que, com a lotação na ala COVID-19 no Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HU-UEPG), os pacientes estão sendo encaminhados para o Hospital do Rocio, em Campo Largo. Ele adianta ainda que está sendo estudada a possibilidade abrir novos leitos de UTI no HU utilizando equipamentos vindos de Curitiba.
O HU vem registrando níveis críticos de ocupação desde o dia 12 de agosto e, no último final de semana, chegou a ficar sem leitos para o tratamento da COVID-19. Rangel explicou que, quando não há leitos disponíveis no HU, os pacientes em estado grave são transportados dentro de uma UTI móvel para o Hospital do Rocio, em Campo Largo.
Ele comenta que o Hospital do Rocio é um dos maiores hospitais da América Do Sul com 300 leitos de UTI disponíveis para atender Ponta Grossa, Curitiba e região metropolitana. “É um hospital enorme, com estrutura e profissionais de saúde prontos para receber os pacientes”, frisa.
O prefeito lembra ainda que os níveis de ocupação dos leitos de UTIs em Curitiba caiu para menos de 70% nas últimas semanas e que a Secretaria de Saúde do município já pensa em desativar alguns leitos. “Nós queremos pegar esses leitos que estão sobrando em Curitiba e trazer para Ponta Grossa. Os especialistas do Governo do Estado estão pensando em analisando a possibilidade”, comenta.
Entretanto, Rangel admite que a principal dificuldade na ampliação da ala COVID-19 do HU não é a falta de equipamentos. “O problema é a estrutura. Não temos mais espaço e, principalmente, não temos mais profissionais de saúde disponíveis”, ressalta.
De acordo com o prefeito, a cada dez novos leitos de UTI é necessária a contratação de uma equipe completamente nova com médicos e enfermeiros. “Os profissionais de saúde do Paraná já estão todos contratados. Falta pessoal para atender os pacientes”, frisa.
Ele destaca que a contratação de novos profissionais seria o maior empecilho para trazer os equipamentos de UTI da capital. “Os médicos de Curitiba viriam trabalhar em Ponta Grossa? Nesse caso, não seria a mesma coisa que encaminhar os pacientes de Ponta Grossa para Curitiba? São essas questões que a os técnicos e especialistas estão analisado”, comenta.
As declarações foram dadas durante o ‘Programa Nilson de Oliveira’, apresentado por Rangel, na Rádio Mundi FM.
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