A Secretaria de Estado da Saúde confirmou nesta quarta-feira (07) o terceiro caso da variante delta do coronavírus no Paraná. Trata-se de um homem de 74 anos que mora no município de Apucarana (Vale do Ivaí). Ele é casado com a mulher do primeiro caso positivo divulgado da nova cepa, no início de junho. A variante foi confirmada por sequenciamento genômico do vírus SARS-CoV-2 realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
O início dos sintomas da Covid-19 foram no dia 21 de abril. Ele fez o teste rápido de antígeno com resultado positivo e foi internado no dia 28 do mesmo mês, depois de uma coleta de RT-PCR. O exame foi encaminhado para o Laboratório Central do Estado (Lacen) e posteriormente para sequenciamento genômico. O paciente recebeu alta hospitalar em 20 de maio e permaneceu em cuidados domiciliares.
O caso não caracteriza transmissão comunitária por se tratar de contato próximo ao primeiro caso divulgado, sendo considerado pela vigilância epidemiológica transmissão local.
O primeiro e o segundo casos da variante delta foram confirmados em Apucarana. O segundo foi de uma mulher grávida, de 42 anos, vinda do Japão, foi internada no dia 15 de abril e faleceu três dias depois, após complicações da doença. O filho sobreviveu.
VARIANTES – Desde o início da pandemia, em março de 2020, o Paraná já registrou a circulação de 24 linhagens de SARS-CoV-2, o vírus que provoca a Covid-19. Eles foram confirmados após o envio de testes RT-PCR positivos de paranaenses para sequenciamento genômico na Fiocruz e Fundação Ezequiel Dias (Funed), sob orientação da Rede Genômica Fiocruz e do Ministério da Saúde.
O Laboratório Central do Estado (Lacen/PR) envia quinzenalmente amostras para investigação e monitoramento das cepas circulantes no Paraná. A seleção é feita de forma aleatória e cumpre critérios técnicos e epidemiológicos, ou seja, refletem um recorte de um cenário e servem de balizador de pesquisa e informação.
No total, foram enviadas 925 amostras, sendo que 599 tiveram resultados divulgados e 326 ainda estão em processamento. Os estudos apontam predominância da variante zeta (P.2), originada no Rio de Janeiro, em 2020, e da variante gama (P.1 ou amazônica), considerada preocupante por conta da capacidade de transmissão, a partir de 2021.
da AEN