Além da vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac Biotec, em parceria com o Instituto Butantã, e da vacina Sputnik V, da Rússia, voluntários do Paraná também vão participar dos testes da vacina do grupo Johnson e Johnson, a Janssen-Cilag, que obteve anuência da Anvisa para testes em 7 mil voluntários no Brasil em sete estados. A diferença neste caso é que o acordo não prevê a transferência de tecnologia, como a chinesa e a russa. Os voluntários para testar a fase 3 deverão ter acima de 18 anos e o recrutamento deve começar na próxima semana. A fórmula da Johnson & Johnson é desenvolvida de modo que seja eficaz com apenas uma dose, levando vantagem sobre os imunizantes rivais da Moderna Inc, Pfizer e AstraZeneca, que requerem duas injeções separadas. A companhia informou que espera os resultados desta etapa dos testes até o fim deste ano ou no início de 2021.
Em todo o Brasil estão sendo testadas quatro vacinas com autorização da Anvisa, a chinesa CoronaVac, a de Oxford, da Pfizer-Wyeth e agora a da Johnson & Johnson. A vacina da Rússia, que terá a fase 3 testada em parceria com a Tecpar, no Paraná ainda não tem autorização da Anvisa, o que deve acontecer em com 10 outubro. No início do mês, em coletiva de imprensa, o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, explicou que no Paraná deverão ser feitos testes da fase 3 da vacina russa com 10 mill voluntários, entre eles profissionais da saúde dos hospitais universitários e pacientes dos grupos de riscos para a Covid-19.
O Centro de estudos do Complexo Hospital de Clínicas da UFPR é um dos mais avançados na testagem dos voluntários para o estudo da vacina chinesa contra a covid-19, do laboratório chinês Sinovac Biotech. A meta inicial da pequisa no CHC era contemplar 852 voluntários, porém serão incluídos mais 548 novos testes até o final de setembro, totalizando 1400 profissionais de saúde. O CHC recebeu as doses do Instituto Butantan após um acordo de parceria técnico-cientifica assinado no mês de julho. O Complexo é uma das 12 instituições brasileiras que são responsáveis pelos testes.
De acordo com a pesquisadora Débora Carla Chong e Silva, até aqui os estudos não têm demonstrado eventos adversos graves. Os registros contemplam apenas efeitos como dor local leve e dor de cabeça, o que pode ser considerado normal em testes semelhantes. O médico do serviço de Infectologia, Giovanni Breda, reforça que são eventos menores, leves e muitos já esperados.
Para que o estudo ocorra, Débora destaca a importância da permanência dos voluntários, que precisam seguir com rigor o protocolo, comparecer às consultas e realizar todos os exames, para que cada resultado seja avaliado. “Com os resultados em mãos, o caminho para obter a vacina já é um pouco menor“, ressalta a pesquisadora.
Os interessados em voluntariar-se para a pesquisa deverão entrar em contato com [email protected]
Do Portal Bem Paraná