Parece estranho, mas no Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise de Saúde de Fauna Marinha da Universidade Federal do Paraná (UFPR) alguns pinguins que estão em reabilitação ganharam uma espécie de chinelo que deixa os pés dos animais mais fofinhos quando estão fora da água.
“Alguns desses animais acabam passando muito tempo em cativeiro, no processo de reabilitação, e podem desenvolver doenças nos pés, denominadas de pododermatites, por ficarem longos períodos fora da água. Por isso fazemos alguns testes para reduzir as consequências de longos períodos em cativeiro. Um deles é essa espécie de chinelinho, que deixa os pés dos pinguins mais fofinhos quando estão fora da água e isso tem ajudado”, explica a bióloga.
Camila conta que os pinguins que estão usando o chinelinho estão em tratamento desde setembro e outubro e são considerados retardatários, tendo chegado ao litoral paranaense após o término do inverno. Como estavam mais debilitados, precisarão de mais tratamento e devem passar um período ainda mais longo em cativeiro.
O Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise de Saúde de Fauna Marinha da UFPR tem como objetivo fundamental salvar vidas e reabilitar a fauna marinha para retorno à natureza, mas também visa experimentar novas tecnologias e procedimentos que possam melhorar a vida dos animais no dia a dia e durante o próprio tratamento.