Em abril, o Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá recebeu 58.499 caminhões, superando em mais de três mil veículos o recorde de 55.835, registrado em março deste ano. Mesmo em tempo de pandemia, o Porto de Paranaguá opera ultrapassando metas e batendo recordes, mantendo o cuidado com a saúde dos trabalhadores, em especial os caminhoneiros que passam pelo local.
A movimentação se dá em virtude da supersafra, somada a quase dois meses sem chuvas significativas, o que faz o fluxo de embarque de grãos ser ainda mais intenso.
“A passagem de quase 59.000 caminhões pelo Pátio de Triagem de Paranaguá em abril, demonstra a força da safra colhida, da logística e da Portos do Paraná para receber adequadamente o veículos e motoristas, com respeito e segurança”, afirma o presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia,
“O número demonstra um movimento 20% maior do que a média mensal registrada na última década”, explica Garcia. Considerando os quatro primeiros meses deste ano, o número de caminhões recebido no pátio chega a 175.280 e já representa 44% do total recebido durante todo o ano de 2019 (394.674 caminhões).
Para Gilmar Francener, chefe da Divisão de Silos (DISILO) da Portos do Paraná, o momento consolida a eficiência do Porto de Paranaguá. “São mais de 2.000 caminhões que passam pelo local por dia. Isso significa que um a dois caminhões tem que sair do pátio sentido aos embarques graneleiros por minuto”, diz ele. “É o pico da safra. Estamos batendo recorde e atendendo os caminhoneiros na questão da saúde, vacinação, doação de alimentos, kits de higiene. Tudo isso sem provocar filas”.
Ele observa que quando o fluxo é pesado e contínuo, qualquer problema na via gera congestionamento: caminhão quebrado, motorista que sai da rota definida, bloqueio por vagões das passagens de níveis, filas desorganizadas, semáforos não sincronizados.
Segundo Francener, a Portos do Paraná está atenta a esse fluxo e, constantemente, busca, junto aos terminais (operadores), maneiras de reduzir os impactos desse movimento intenso para a cidade.
NA BOLEIA – Quem divide a mesma opinião é o caminhoneiro Eliézer Rodrigues, que veio de Ponta Grossa carregado de soja. “O Porto de Paranaguá é diferente. Aqui se preocupam conosco desde a chegada até nossa partida. Tudo é pensado. O serviço de saúde disponibilizado e a doação de alimentos agradou todos, também. Assim como as demais classes, os caminhoneiros gostam de se sentir valorizados”, comentou Rodrigues.
Pandemia mudou a rotina do Pátio de Triagem
Atualmente todo caminhoneiro que chega ao Pátio de Triagem de Paranaguá tem sua temperatura corporal aferida. Caso ultrapasse os 37,6 graus, é encaminhado ao ambulatório, com estrutura completa implantada, equipamentos, enfermeiros e médico.
Em menos de um mês, o Pátio de Triagem de Paranaguá foi sede de três fases da campanha de vacinação contra a gripe. Nesta última, foram disponibilizadas 5.000 doses. Além dos caminhoneiros e portuários, foram imunizados profissionais das forças de segurança e salvamento, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.
Desde dia 14 de março os caminhoneiros que descarregam grãos no Porto de Paranaguá também recebem um kit alimentação. A iniciativa do Governo do Estado é uma forma de ajudar os motoristas, que enfrentam dificuldades em encontrar restaurantes abertos devido à pandemia do corona vírus.
Estão sendo distribuídos 55 mil kits, contendo um quilo de arroz, um quilo de feijão, um litro de óleo e uma dúzia de ovos.
Através do Sistema Sest/Senat, também já foram distribuídos mais de 3.000 kits higiene. Empresas e sindicatos também colaboram, oferecendo lanches em ação que reuniu a Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá (Atexp), Associação dos Operadores Portuários do Corredor de Exportação (Aocep), AGTL, Bunge, Cargill, CentroSul, Cimbessul, Coamo, Cotriguaçu, Interalli, Louis Dreyfus, Pasa e Rocha.
A entrega das doações é feita logo na entrada do Pátio de Triagem de Paranaguá, de modo que beneficie todos os caminhoneiros.
Informações/Imagem: AEN