Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta quinta-feira (2), a nutricionista Adriane Colaça destaca a importância da mudança de hábitos em prol de uma vida mais saudável.
A nutricionista explica que a mudança de vida começa a partir de uma decisão. “O indivíduo precisa ter um start, tem que ter uma causa, mudar um hábito você não decide por conta própria, precisa desenvolver um motivo e traçar uma estratégia para alcançá-lo”, diz. O problema é que muitas pessoas têm esse ‘start’ apenas quando uma doença chega. “Mas vamos lembrar que a doença, quando chega, o tratamento na maioria das vezes é dificultoso e não te devolve para o estado de saúde anterior, você não recupera 100%. Preservar a saúde é mais econômico, é o melhor ganho que podemos ter na vida”, completa.
Segundo Adriane, ao longo da vida, são criadas pontes de hábitos. Se alguém está habituado a ter um tipo de alimentação, o cérebro reconhece essa como a forma de obtenção de energia que lhe dá prazer, por isso o processo de mudança pode ser dificultoso. “As pessoas me falam ‘vou comer e beber enquanto posso, porque um dia posso não poder mais’. Esse pensamento é limitante”, comenta a nutricionista.
Obesidade
Para além do peso indicado pela balança, é preciso se atentar para o equilíbrio entre a massa gorda e massa magra. Ela destaca que a conta é básica: “O que emagrece é gastar mais calorias do que você ingere, essa é a forma de emagrecer”. “Fazem um monte de dietas malucas, depois sobem na balança e veem que perderam 4kg. Você perdeu 4kg de gordura? Você perdeu peso, mas não perdeu gordura. Perder gordura é um processo crônico, precisa promover uma adaptação no organismo tão intensa de modo que a gente consiga substituir o nosso combustível corporal”, pontua.
O alerta também vale para quem limita a dieta a apenas um tipo de alimento. “Você não vai perder gordura e pode prejudicar várias áreas, pode ter deficiência de minerais e até um processo anêmico. Temos irritabilidade, sonolência, alterações no funcionamento da tireoide, lentidão para raciocínio e tomada de decisão. Não consegue fazer exercício porque a começa a aumentar a temperatura corporal e já começa a ter dor de cabeça, porque as dietas mais hiperproteicas, se a gente não monitorar pode levar a um estado de desidratação, o organismo fica sem condição de reter essa água, mesmo que faça a ingestão regular”, conclui.
A nutricionista Adriane Colaça atende na Clínica Zênite, na rua Professor Ivon Zardo, 251, Jardim América. Os telefones para contato são (42) 9907-3733 ou (42) 98866-4306. Instagram: @adricolacanutri
Confira a entrevista completa: