Sábado, 27 de Abril de 2024

Psicólogo Gabriel Sousa fala sobre ansiedade e como amenizá-la

2022-03-30 às 12:41

Durante o programa Manhã Total apresentado por João Barbiero, na rádio Lagoa Dourada, desta quarta-feira (30), o psicólogo Gabriel Sousa falou sobre ansiedade, como ela se manifesta e como combatê-la. “A ansiedade é um estado de alerta e é normal. Não é agradável sentir raiva, tristeza ou ansiedade, mas todas são muito importantes e todo mundo tem. O problema é quando ela fica desregulada e não é possível controlar”, afirma. Para ele, o sinal de atenção é quando o problema começa a atrapalhar o dia a dia, as relações, o trabalho e o tempo de lazer, se tornando um incômodo significativo e persistente, que podem levar a episódios de reatividade emocional. Entre os sintomas físicos destacados pelo psicólogo, estão aumento do nível de suor e da frequência cardíaca, além de ânsia de vômito e sensação de mal estar em casos mais intensos.

Um dos pontos que pode ajudar a diminuir episódios de ansiedade, de acordo com Gabriel, é “admitir o não saber. É uma tendência do nosso cérebro a gente tentar adivinhar o que vai acontecer, o que acham da gente”. Outro detalhe que ajuda entender como a ansiedade se manifesta é perceber como a pessoa enxerga o mundo. “Um dos caminhos que a gente faz da psicoterapia é investigar a visão que a pessoa tem do mundo. Pensa no WhatsApp, você manda mensagem para uma pessoa, que visualiza e não responde e isso já gera uma série de pensamentos como ‘ah a pessoa não gosta mais de mim, está brava comigo’. Aí passam duas horas e a pessoa responde que estava dirigindo. Esse tipo de pensamento é uma parte significativa de onde vem a ansiedade”, afirma.

Ansiedade em crianças

Gabriel conta que o problema também pode atingir as crianças e possui algumas diferenças. “Elas sofrem também e não sabem diferenciar as emoções, tristeza se mistura com raiva, por exemplo. Um medo muito excessivo e que acontece com muita frequência pode ser um indicativo de ansiedade. Essa questão do medo é diferente do estado de alerta. Quando se fica pensando no que pode acontecer, é ansiedade”, pontua.