O governador Carlos Massa Ratinho Junior apresentou nesta quarta-feira (5) ao presidente do Superior Tribunal Militar (STM), general do Exército Luis Carlos Gomes Mattos, o projeto de Ponta Grossa para receber a Escola de Sargentos das Armas (ESA) do Exército Brasileiro. O município de 350 mil habitantes nos Campos Gerais concorre com Santa Maria (Rio Grande do Sul) e Recife (Pernambuco) – as três finalistas entre 18 locais estudados.
Criada em 1945, a Escola Sargento Max Wolf Filho está instalada em Três Corações (Minas Gerais) desde 1949. É um estabelecimento de ensino superior do Exército voltado à formação de sargentos de Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia e Comunicação. Com a possibilidade de ampliar a formação, o Exército iniciou os estudos para a sua transferência. O empreendimento deve receber investimentos de R$ 1,2 bilhão e reunir um contingente que pode chegar a 10 mil pessoas.
“O Paraná está preparado para receber a ESA. Estamos muito empenhados em trazer esses investimentos e a formação do Exército para o Estado”, disse o governador Ratinho Junior. “Ponta Grossa separou uma área nobre de quase 50 quilômetros quadrados para a construção da unidade e é uma cidade com bom porte, infraestrutura adequada e que tem atraído muitos investidores. Estamos otimistas com essa disputa”.
A agenda também reuniu o vice-governador Darci Piana, o comandante da 5ª Divisão de Exército, Carlos José Russo Assumpção Penteado, e o secretário estadual de Segurança Pública, Romulo Marinho Soares. O encontro faz parte de um ciclo de apresentações para generais e integrantes do primeiro escalão das Forças Armadas. A ideia é que o governador apresente o projeto da cidade para o comandante-geral do Exército Brasileiro, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, nos próximos meses. A decisão final será publicizada em agosto.
“Para o Estado e o município, além da geração de emprego e renda que uma estrutura como essa representa, contar com uma escola das Forças Armadas desse porte traz uma ótima visibilidade”, destacou o secretário Marinho. “Ponta Grossa tem proximidade com Curitiba e São Paulo, tem infraestrutura rodoviária, ferroviária e aérea, e já tem uma relação próxima com o Exército. É um legado que estamos tentando deixar para o Paraná”.
TERRENO – Em Santa Maria e Recife, a previsão é que ESA ocupe áreas já pertencentes ao Exército. Em Ponta Grossa, está sendo destinado um terreno de 4,5 mil hectares no distrito de Itaiacoca, onde hoje está instalada a Fazenda Modelo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Em contrapartida, o Exército destinaria à Embrapa uma área no município vizinho de Palmeira.
Além disso, um segundo espaço, de 18 quilômetros quadrados, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, complementa a candidatura – o local será disponibilizado para a realização do que o Exército chama de instruções especiais (prática de atividades de campo).
Em abril uma comitiva do Exército esteve em Ponta Grossa para conhecer o local de possível instalação da unidade. Representantes da prefeitura e do Governo do Estado apresentaram os potenciais e a estrutura do município. As Forças Armadas contam com outras estruturas no município: o 13º Batalhão de Infantaria Blindada (13º BIB), o Esquadrão de Comando da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada e o Comando da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada.
da AeN