Sábado, 27 de Julho de 2024

Rivais eternos: Um mergulho nos maiores clássicos do Brasileirão

2024-05-27 às 14:40

Quando falamos dos clássicos do Brasileirão, estamos abordando de mais do que o futebol. Estamos falando de história, de cultura, de uma paixão que passa de geração em geração e, principalmente, das rivalidades entre os grandes clubes.

Esses clássicos do futebol são mais do que simples jogos, são eventos que mobilizam torcidas, cidades e até regiões inteiras. No papo de hoje, vamos explorar algumas das maiores rivalidades do futebol brasileiro, que fazem da serie a do campeonato brasileiro um dos campeonatos mais emocionantes do mundo.

Flamengo x Fluminense (Fla-Flu)

No Rio de Janeiro o Fla-Flu é um espetáculo cultural. Desde a primeira partida em 7 de julho de 1912, foram 449 jogos. No primeiro jogo, o Fluminense venceu o Flamengo por 3 a 2. O Flamengo venceu 166 vezes, o Fluminense 141, e ocorreram 144 empates. Zico, ídolo do Flamengo, é o maior artilheiro do clássico com 19 gols, enquanto Hércules, do Fluminense, marcou 14 vezes.

Em 2012, o Fla-Flu foi reconhecido como patrimônio imaterial do estado do Rio de Janeiro, celebrando a importância desse confronto para a cultura carioca.

Palmeiras x Corinthians (Derby paulista)

Já em São Paulo, o Derby Paulista entre Palmeiras e Corinthians é uma das rivalidades mais antigas e intensas do futebol brasileiro. Desde 1917 esses dois gigantes do futebol brasileiro se enfrentaram 334 vezes. O Palmeiras tem uma ligeira vantagem com 121 vitórias, contra 112 do Corinthians, além de 101 empates.

Esse clássico recebeu o nome “Derby Paulista” na década de 1930, inspirado pelo jornalista Thomaz Mazzoni, em referência à famosa corrida de cavalos Derby de Epsom. O confronto é sempre aguardado com ansiedade pelas torcidas e costuma parar a cidade. Recentemente, o Palmeiras não sabe o que é perder para o Corinthians desde 2021.

Grêmio x Internacional (Gre-Nal)

No Sul do Brasil, Grêmio e Internacional protagonizam o Gre-Nal, um dos clássicos mais equilibrados do país. Desde o início do século XX, foram 441 jogos, com 162 vitórias do Internacional, 141 do Grêmio e 138 empates. O Internacional marcou 601 gols, enquanto o Grêmio balançou as redes 574 vezes.

No Campeonato Gaúcho o equilíbrio se mantém: em 139 jogos, o Grêmio venceu 43 vezes, o Inter 45, e houve 51 empates. O último jogo foi uma vitória do Inter por 3 a 2 no Gauchão de 2024.

Vasco x Flamengo (Clássico dos milhões)

Outro grande clássico carioca é o Clássico dos Milhões, entre Vasco e Flamengo. Com 346 jogos disputados, o Flamengo leva vantagem com 137 vitórias, contra 105 do Vasco, além de 104 empates. Em número de gols, o Flamengo também está à frente com 456, contra 405 do Vasco. Este clássico é chamado assim porque reúne as duas maiores torcidas do Rio de Janeiro, tornando cada encontro uma verdadeira festa nas arquibancadas.

Cruzeiro x Atlético-MG (Superclássico mineiro)

Em Minas Gerais, o superclássico entre Cruzeiro e Atlético-MG é um dos confrontos mais disputados. Há divergências na contagem dos confrontos: o Cruzeiro contabiliza 504 jogos, com 173 vitórias, enquanto o Atlético-MG conta 522 jogos, com 210 vitórias.

A primeira partida foi em 17 de abril de 1921. A rivalidade é tão intensa que em 2007 houve uma tentativa de unificar os números dos jogos, mas sem sucesso. Cada encontro é um capítulo novo na história dessa rivalidade que vai além das quatro linhas.

Santos x São Paulo (San-São)

O clássico San-São já ocorreu 292 vezes. O São Paulo tem vantagem histórica com 124 vitórias, contra 96 do Santos, além de 72 empates. Em gols, o São Paulo também lidera com 483, enquanto o Santos marcou 412.

A maior goleada do confronto foi em 1944, quando o São Paulo venceu por 9 a 1 no Campeonato Paulista. Cada partida do San-São é um espetáculo de técnica e habilidade, refletindo a tradição dos dois clubes em revelar grandes talentos para o futebol brasileiro.

Clássica conclusão

Esses clássicos são mais do que jogos. São momentos em que o tempo para e nada mais importa além daqueles 90 minutos. Quando a bola rola, a história entra em campo com os atletas. Passado e presente se misturam e juntos, vão construindo o futuro. E assim seguimos, de clássico em clássico, vivendo cada jogo como se fosse o último, porque o futebol brasileiro vive e respira através dos embates desses eternos rivais.