Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero e Eduardo Vaz, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta terça (16), a gerente de desenvolvimento institucionalizado da Santa Casa, Marcela Mendes, convidou a população a participar do 1º Risoto do Bem.
O evento ocorre neste sábado (20), às 12h, no Mirante dos Campos (Rua Eduardo Burgardt, 1501 – Contorno, ao lado do Centro de Eventos). “O Juarez Carvalho e filho Márcio são os donos do espaço e o disponibilizaram gratuitamente para a realização do evento”, frisa Marcela.
Além do almoço, vai haver apresentação da Banda do 13º BIB e leilão em prol da Santa Casa. Para as crianças, será disponibilizado um playground.
Ingressos
Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 50 para adultos. Crianças de oito a 12 anos pagam R$ 25 e crianças com menos de oito anos não pagam.
Eles estão à venda na Santa Casa e nos restaurantes Temae, El Tomato, Strasburguer, Villa Kozina, Belluno Massas e Tomate Seco. Outras informações pelo telefone (42) 99907-8984.
Sabores
Cada restaurante parceiro do evento vai servir um sabor diferente de risoto. Todos podem ser degustados pelo preço de um único ingresso, assegura Marcela.
Serão sete sabores: risoto tailandês (Temae); risoto quatro queijos (Belluno Massas Frescas); risoto ao funghi (Tomate Seco); risoto de camarão (Villa Kozina); risoto de alho poró (El Tomato); risoto de frango (Ciro Delinski) e risoto de costela e pernil com abacaxi (13º BIB e Santa Casa).
Além do risoto, serão servidos acompanhamentos, vinho, chope do Strasburger, refrigerantes e sobremesas.
Desafios financeiros
De acordo com a gerente de desenvolvimento institucionalizado da Santa Casa, um dos objetivos do 1º Risoto do Bem é arrecadar verba para a construção de uma nova unidade, num terreno doado pela Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, situado na Rua Amante Garcia, no Jardim Carvalho. Outro objetivo é cobrir o déficit que há entre receitas e gastos.
“No ano passado, a Santa Casa apresentou um projeto para a Secretaria de Estado da Saúde, para a ampliação da sua estrutura. A Santa Casa recebeu da Prefeitura um terreno que fica na Rua Amante Garcia. Agora, faz dois meses que foi firmado esse contrato com a Secretaria de Estado da Saúde e um dos objetivos desse risoto é arrecadar verba, porque a Secretaria vai auxiliar, mandar recursos para essa construção”, assinala Marcela.
A gerente acrescenta que, nesse meio período, houve um aumento no preço de materiais de construção e, além disso, há a contrapartida que a Santa Casa precisa dar para concretizar a obra.
“Sobre esse projeto, temos que ser justos em agradecer ao deputado Plauto, que também lutou muito por esse projeto. Tivemos ajuda do Sandro Alex, da Aline Sleutjes, do Abelardo Luiz Lupion, Alvaro Dias, Oriovisto Guimarães, Paulo Eduardo Martins, André Luiz Vargas, Leopoldo Costa Meyer, Aliel Machado, Luiz Carlos Setim, Eduardo Sciarra, Flávio Arns, Alfredo Keffer, Luiz Carlos Jorge Hauly – parlamentares que, nos últimos anos, destinaram alguma verba para a Santa Casa que possibilitou a aquisição desses equipamentos ou a realização de alguma obra na instituição”, destaca Marcela.
A gerente enaltece que o Brasil possui três tipos de organização hospitalar: hospitais públicos, mantidos 100% por verba pública, pelo governo; hospitais privados, com fins lucrativos e hospitais privados sem fins lucrativos, que é o caso da Santa Casa.
“Dizemos para a comunidade que a Santa Casa é da comunidade, o dono da Santa Casa é a comunidade. Muitas pessoas pensam que a Santa Casa é mantida pela Igreja Católica ou por alguma instituição em específico. Mas não, temos como gestores do hospital um grupo de pessoas, todos voluntários, dedicados e estamos falando de uma instituição que atende a 70% dos atendimentos filantrópicos da região dos Campos, está sob responsabilidade da Santa Casa”, explica.
Conforme Marcela, as tabelas do SUS – que correspondem a uma demanda de cerca de 80% dos atendimentos – estão defasadas há duas décadas. “Hoje, o que a Santa Casa recebe do governo para atender o SUS tem um déficit de 35% em relação aos gastos que temos”, diz. Ainda segundo ela, o hospital recebe cerca de R$ 10 por uma consulta com um especialista e a entidade precisa cobrir o restante do valor para remunerar o profissional.
“A Santa Casa atende a mil pessoas por dia, advindas de 27 municípios além de Ponta Grossa. É um hospital referência de alta complexidade”, ressalta.
Crescimento populacional x déficit hospitalar
Marcela observa que há um crescimento na demanda por atendimento na medida em que, por um lado, a população cresce e, por outro, entidades hospitalares da região acabaram fechando por falta de recursos. “Nos últimos tempos, vários estabelecimentos fecharam aqui na região, desde o 26 de Outubro, a Clínica Pinheiros, o Evangélico, o Pronto Socorro e vimos com um crescimento populacional. Estamos pedindo muito para a comunidade para que ela possa abraçar essa causa da Saúde, que é algo muito importante e que precisamos realmente fortalecer na nossa região”, enfatiza.
Equipamentos de ponta
A gerente pontua que as emendas parlamentares contribuíram, sobremaneira, para modernizar o parque de máquinas do hospital. “Graças a algumas verbas de emendas parlamentares, que vêm exclusivamente para a compra de equipamentos, hoje a Santa Casa está com um parque de máquinas muito atualizado. Temos equipamentos de ponta. Recebemos, no ano passado, um equipamento para a neurocirurgia, microscópios Zeiss, um neuronavegador, que são equipamentos usados para a neurocirurgia, que dão uma precisão maravilhosa, que é utilizada no [Hospital Albert] Einstein”, afirma.
Além disso, as emendas parlamentares também permitiram a aquisição de um novo tomógrafo.
Confira a íntegra da entrevista em: