A II Semana Geral dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs) foi encerrada nesta sexta-feira (10). O evento promovido pela Fundação Araucária, com o apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), que iniciou na última terça-feira (07) e que fez parte da programação da Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Paraná Faz Ciência 2023 – realizada na UEL, contou com a participação maciça da comunidade científica e parceiros públicos e privados.
Durante os quatro dias do evento foram apresentadas as iniciativas e os resultados já alcançados por 38 dos 62 NAPIs existentes. Os NAPIs atuam em áreas estratégicas identificadas para o desenvolvimento socioeconômico e aumento da competitividade do Paraná como: o agronegócio e agricultura, a energia sustentável/renovável, a biotecnologia e saúde, as cidades inteligentes, a transformação digital, o desenvolvimento sustentável e a sociedade, economia e educação.
“Agradecemos o trabalho e participação de todos para a realização deste evento que nos demonstrou a importância dos NAPIs serem direcionados para atender demandas setoriais, regionais e estadual, de forma integrada e racionalizada para melhor aproveitamento de atores e ativos já existentes”, enfatizou o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa.
Por fim, o diretor destacou os próximos desafios, que são: a reabertura do processo de criação e consolidação dos NAPIs, melhorias na gestão, incrementos de critérios de qualificação (especialização inteligente) e de funcionalidades da iAraucária, responsividade das comunicações e implantação de novos modelos evolutivos (LabX).
Durante a manhã desta sexta-feira (10), foram apresentados os seguintes NAPIs no evento: Neurociências; Vacinas; Cia Agro e Trinacional.
Tem como principal objetivo estruturar sólida rede de pesquisa da área no Paraná para fomentar projetos de pesquisa de Programas de Pós-graduação do Estado, bem como promover a organização, integração e coordenação de ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Além disso, o NAPI também tem como prioridades a prospecção e fomento de parcerias com empresas paranaenses (indústria farmacêutica, de equipamentos e insumos para a área de saúde e pesquisa), hospitais, entre outros, e incentivo de políticas públicas e programas governamentais de educação, saúde mental, prevenção e tratamento da dependência química e doenças neuropsiquiátricas.
“Nós estamos trabalhando na efetivação de uma rede de laboratórios multiusuários em Neurociências no Paraná; no impacto significativo na qualidade das pesquisas e nas publicações científicas com projeção dos programas de pós-graduação do Estado; na formação de profissionais altamente capacitados na área e na apresentação de novas tecnologias tais como o desenvolvimento de testes diagnósticos, medicamentos, equipamentos e insumos de interesse da sociedade”, destacou o articulador do NAPI Neurociências, Eduardo Araújo.
Surgiu a partir de um projeto já existente que engloba a vacina da Covid-19, mas atualmente tem o objetivo de oferecer pesquisas e iniciativas quem envolvam toda e qualquer vacina. Desta forma estabelece conhecimentos e ter recursos humanos para ter capacidade de desenvolvimento para outras tecnologias do futuro.
“O objetivo do NAPI surgiu a partir da demanda de que precisa existir um modelo mais bem distribuído globalmente para o desenvolvimento de tecnologias de saúde. Não podemos mais ficar dependendo de outros países para a criação de novas vacinas que futuramente tenhamos a necessidade de usar. O Paraná possui importante estrutura em biotecnologia e instituições relevantes na área, com isso, diversas parcerias estão sendo firmadas”, afirmou o professor e membro do NAPI Vacinas, Breno Beirão.
Este NAPI tem como objetivos criar bem-estar e riqueza com o uso da Inteligência Artificial (IA) na área Agro; fomentar o desenvolvimento de um ecossistema de inovação para o crescimento horizontal da região, estado e país e mobilizar o capital humano e social para a transformação digital.
As principais ações do NAPI estão focadas no atendimento de demandas dos especialistas e principais players na área do Agronegócio que podem ser solucionadas pela IA. E também no uso de um framework de descoberta de conhecimento para modelar soluções em IA, de forma objetiva, seguindo métricas de qualidade para gerar produtos.
“Para que o nosso NAPI alcance cada vez mais resultados exitosos, estamos criando soluções com a participação da massa crítica das universidades e centros de pesquisa do Paraná e também fomentando conexões com empresas, especialistas e pesquisadores para ações conjuntas”, informou o articulador do NAPI, Marcelo Canteri.
Possui o intuito de prover pesquisas e inovações que promovam o desenvolvimento sustentável da região Oeste do Paraná, por meio de um ambiente que respeita particularidades, competências e interesses, de maneira ética e organizada.
Este NAPI articula três grupos de pesquisa e cinco células de pesquisa, englobando ecossistemas territoriais de inovação e gestão do conhecimento, inovação e engenharia pedagógica, integração e interoperabilidade, empreendedorismo, educação e economia criativa e turismo sustentável.
“A partir do conceito do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação aprendemos que obtermos efetivas, o gerenciamento das ações deve ser compartilhado, que precisa existir uma co-criação de ativos e soluções, uma rede pró-ativa, dinâmica e com foco em um território e soluções sociotécnicas voltadas à academia, sociedade, poderes públicos e ao setor privado”, disse o articulador do NAPI Trinacional, Samuel Klauck.
Como alguns dos resultados dos NAPIs, podem ser identificadas as seguintes oportunidades: o resgate do Mercosul, ou seja, destacando a compreensão da integração, uso da bioeconomia na produção de alimentos, energia limpa e serviços sustentáveis e abertura das universidades para o desenvolvimento de pesquisas conjuntas e aplicadas.
Todas as apresentações desta semana estão salvas no canal da Fundação Araucária no YouTube.
da AEN