Segunda-feira, 12 de Maio de 2025

Sindicato Rural de PG: ADAPAR explica medidas para prevenir gripe aviária nos Campos Gerais

2023-03-03 às 11:26

live do Quinta com Café, promovida pelo Sindicato Rural de Ponta Grossa, na noite desta quinta-feira (2), teve a presença Pascoal Funari Junior, médico veterinário e fiscal de defesa agropecuária na ADAPAR e Marcelo Ferreira Hupalo, chefe do Núcleo da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB) de Ponta Grossa. O tema da discussão foram as medidas preventivas para o controle da gripe aviária nos Campos Gerais. Transmitidas pelo YouTube, às quintas-feiras, às 18h, as lives são apresentadas pelo presidente do Sindicato Rural de Ponta Grossa, Gustavo Ribas Netto.

A preocupação com a disseminação da gripe aviária, ou influenza aviária, se dá, neste momento, pelo fato de que a Argentina registrou nesta semana 26 casos da doença, sendo 3 em aves silvestres, 22 em aves domésticas e 1 em ave comercial, criada em granja. A produção avícola para consumo humano continuará se desenvolvendo, porém as exportações de aves foram suspensas no país vizinho.

Como as aves silvestres migratórias passam pelo Paraná durante sua rota, a preocupação é que possam infectar aves comerciais do Estado, que é o maior produtor aviário do país, sendo responsável pela produção de cerca de 34% das aves do Brasil, de acordo com Marcelo Hupalo, chefe do Núcleo SEAB.

O fiscal de defesa da ADAPAR, Pascoal Funari, destaca que as aves migratórias têm a tendência de ir para lugares que têm água. Por isso, o grande foco da prevenção é evitar que a ave silvestre, que mora na natureza, tenha contato com a ave comercial. “Então as granjas têm que estar bem fechadas, impedir a entrada de qualquer passarinho dentro das granjas, o cerco em volta da granja tem que estar ativo. Também evitar a entrada de pessoas estranhas à produção aviária dentro das granjas, principalmente estrangeiros”, aponta.

Se por acaso uma ave comercial for infectada pelo vírus, o grupo de animais do estabelecimento, ou seja, o plantel, deverá ser eliminado dentro do próprio aviário. “Tem que notificar o Serviço Oficial sob qualquer primeira suspeita, para que a gente possa tomar uma medida rápida, porque se deixar para depois, é mais fácil de difundir a doença e acabar espalhando isso”, explica Pascoal.

Outro ponto de vigilância é sobre a criação de aves soltas nos quintais das residências. “Essas aves estão muito mais suscetíveis a ter contato com as aves migratórias que possam trazer o vírus, então se ocorrer uma mortalidade sem causa justificada, ou os animais adoecerem, comunique a ADAPAR, que vamos investigar se a doença está presente ou não nessas aves de fundo de quintal, para poder controlar aí também”, diz.

Informação como prevenção

Marcelo Hupalo destaca que no Paraná ainda não foram registrados casos da doença, mas a melhor forma de prevenir é repassando informações aos produtores avícolas. “Fizemos um acordo entre ADAPAR, IDR  e SEAB, secretarias municipais de agricultura e estamos chamando para três eventos técnicos na nossa região no mês de março, para passar essa informações, dados, prevenção, o que fazer em casos positivos da doença”, explica.

Confira a live completa: