Diante do cenário envolvendo o caos no transporte coletivo em Ponta Grossa, em função da falta de pagamento do salário de abril dos trabalhadores, e considerando o pagamento do cartão alimentação, que deve ser feito no dia 20, o Sintropas fez uma análise das próximas ações e suas possíveis consequências e decidiu que a greve com paralisação de 50% da frota permanece até domingo (16), e, a partir de segunda-feira (17), 70% dos ônibus serão liberados.
Desta maneira, a Viação Campos Gerais poderá arrecadar e garantir o cartão alimentação e o salário do mês de maio, em junho. Se os pagamentos atrasados não forem efetuados no máximo até a próxima sexta feira (21), a greve retornará com 100% de adesão. Com esta decisão, a diretoria do Sintropas sinaliza aos usuários do transporte de Ponta Grossa a sua preocupação com a superlotação. Também enfatiza que não há intenção de prejudicar ninguém.
Se a paralisação fosse total, a partir deste sábado (15), a probabilidade seria da empresa não arrecadar, e no dia 20 não teria condições de pagar o cartão alimentação. Sendo assim, a frota permaneceria parada até que a empresa recebesse da Prefeitura. A expectativa é de que este pagamento aconteça até o próximo dia 20, mesmo dia que vence o cartão alimentação dos colaboradores. Os mesmos não receberiam, já que a VCG provavelmente alegaria que sem dinheiro em caixa não terá verba para pagar o VR.
Outra possibilidade levada em consideração foi de retornar com 100% da frota. A empresa arrecadaria normalmente, porém a greve perderia o sentido, e, em caso de problemas com os salários, novas assembleias teriam que ser feitas, respeitando a lei da greve e informando a empresa e Prefeitura sobre a decisão de parar novamente em 72 hrs, ou seja, 3 dias após a assembleia.
Com a permanência absoluta em 50% da frota, existe a questão que envolve a superlotação. Da mesma maneira seria aguardado o parecer da Câmara de Vereadores. Com a permanência da frota em 50% no final de semana e liberação de 70% a partir de segunda, a empresa terá condição de arrecadar e garantir o pagamento de junho. Neste caso, diminuindo a pressão sobre a superlotação e a segurança dos funcionários. Se até a próxima sexta feira dia 21, não ocorrer os pagamentos do salário e do cartão alimentação, a greve volta com 100% de frota parada.
As quatro opções foram consideras, acreditando que a Prefeitura cumprirá aquilo que se comprometeu na audiência do dissidio do TRT, na Vara de Fazenda Pública e com os vereadores durante reunião ontem.