Na última quarta-feira (3), a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) informou, por meio de boletim oficial, que há dois casos suspeitos de varíola dos macacos em Ponta Grossa. Além disso, na região dos Campos Gerais, Castro também possui um caso suspeito.
Em entrevista ao programa Manhã Total, apresentado por João Barbiero e Eduardo Vaz, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta sexta-feira (5), o professor Everson Krum explicou que os primeiros sintomas da varíola dos macacos são semelhantes aos de uma infecção viral. “Vai ter dor de cabeça, dor no corpo, febre e vai começar a surgir manchinhas vermelhas no rosto, geralmente, e depois para o peito e braços. Ela começa pequena como se fosse uma manchinha, vai juntando água e formando uma bolha, que não pode estourar. Quando estourar sozinha, é a terceira fase. Quando secar é que a pessoa não está mais transmitindo”, destaca.
Krum alerta que no momento em que a bolha está exposta é que há mais chance de ocorrer a contaminação. “A pessoa pode ter contato com as bolhas, levar a mão à boca, olhos e aí transmite. Quando está nas outras fases a transmissão é por contato muito próximo, ou beijo, relação sexual”, diz.
Prevenção
Para se prevenir da doença, Krum afirma que é fundamental manter a higienização das mãos e o distanciamento físico. Segundo ele, o tempo de isolamento de pacientes que infectados com a doença é de, no mínimo, 14 dias, até as bolhas secarem.
Sobre a medicação, o professor explica que já existem duas vacinas que estão sendo elaboradas, uma nos Estados Unidos e outra na Europa, que serão utilizadas para grupos específicos.
Alerta
Everson Krum ainda alerta que não se pode descartar a possibilidade da doença tomar grandes proporções assim como a pandemia de Covid-19. “A natureza do vírus é ele se espalhar, vai se espalhando e procurando pessoas imunodeprimidas e vai aumentando, porque o objetivo do vírus é ele se espalhar”, conclui.