Sábado, 21 de Setembro de 2024

VCG afirma que custear funcionários cabe à Prefeitura devido à paralisação por decreto; leia a nota na íntegra

2021-03-26 às 13:09

A Viação Campos Gerais, concessionária do transporte coletivo em Ponta Grossa, emitiu uma nota no início da tarde desta sexta-feira, 26, em que afirma a consternação com os colaboradores devido ao atraso nos pagamentos previstos para ontem (25). A nota foi emitida após a prefeita Elizabeth Schmidt estender a suspensão do transporte coletivo até dia 11 de abril.

“É uma situação extremamente grave, dramática às pessoas envolvidas, mas que lutamos fortemente nos últimos 12 meses para que não ocorresse”, afirma a VCG. Uma vez que paralisado por determinação municipal, é obrigação da Prefeitura custear a estrutura da Concessionária que se encontra à sua exclusiva disposição”.

A empresa encerra a nota com uma mensagem de esperança aos colaboradores. “Não percam a esperança de voltarmos a operar, não percam a esperança de voltarmos a trabalhar todos juntos em breve, acreditem que somos muito mais fortes do que imaginamos e que temos todos juntos, empresa e colaboradores, responsabilidades também para com nossos co-cidadãos que jamais nos furtaremos”, diz. (leia a nota completa ao final da reportagem)

 

MANIFESTAÇÃO DOS COLABORADORES

Na tarde de ontem, 25, funcionários da empresa convocaram uma manifestação para hoje (26) em frente à sede da prefeitura (leia a notícia neste link). Após o anúncio da prefeita nesta manhã, que manteve a suspensão do transporte coletivo, a manifestação acabou sendo suspensa pelos colaboradores (leia a notícia neste link).

 

MANIFESTAÇÃO CONFIRMADA

Por volta das 12h de hoje (26), colaboradores optaram por voltar atrás e realizar a manifestação, programada a partir das 14h em frente à Prefeitura de Ponta Grossa.

 

Leia a íntegra da nota emitida pela VCG

NOTA VCG

Em virtude da prorrogação da edição de decreto municipal no dia de hoje, que prevê a interrupção do sistema de transporte coletivo até o dia 11/04, reiteramos nossa manifestação de consternação com a situação que tem sido imposta pelo Poder Público. Não apenas em relação a situação da empresa, mas, em especial, com a situação pessoal de nossos colaboradores em razão do atraso no pagamento.

É uma situação extremamente grave, dramática às pessoas envolvidas, mas que lutamos fortemente nos últimos 12 meses para que não ocorresse.

Afinal, o transporte coletivo é um direito fundamental dos munícipes e de responsabilidade direta do Município, cabendo à Concessionária executá-lo conforme lhe é determinado. E no momento, uma vez que paralisado por determinação municipal, é obrigação da Prefeitura custear a estrutura da Concessionária que se encontra à sua exclusiva disposição.

Isso significa dizer que o Município deve assumir suas responsabilidades, e manter um mínimo de equilíbrio na relação contratual.

Sem a receita diária, ou solução advinda do Poder Concedente, a empresa não terá condições de fazer frente às suas obrigações com seus colaboradores. Nem as já vencidas, nem as que estão por vencer.

É um momento difícil aos colaboradores, que tanto se dedicam para executar bem este serviço essencial à população, e que o executam com extrema eficiência, mas que neste momento estão sendo completamente ignorados pelo Município, responsável pelo colapso do sistema.

Manteremos nossa luta por respostas do Poder Concedente, à medida em que desde março de 2020 temos sistematicamente informado a ele a situação enfrentada e nenhuma resposta efetiva fora dada até o momento.

Não percam a esperança de voltarmos a operar, não percam a esperança de voltarmos a trabalhar todos juntos em breve, acreditem que somos muito mais fortes do que imaginamos e que temos todos juntos, empresa e colaboradores, responsabilidades também para com nossos co-cidadãos que jamais nos furtaremos.