A Viação Campos Gerais (VCG) realizou durante a manhã e a tarde desta terça-feira (7) reuniões com funcionários para repassar informações referentes à licitação do transporte público de Ponta Grossa. A informação foi apurada pela reportagem D’Ponta News e confirmada pelo presidente do Sintropas-PR, Luiz Carlos de Oliveira (Luizão). Durante a conversa, foi exposto aos trabalhadores quais devem ser os procedimentos caso a empresa não vença os lotes disponíveis para concessão.
O presidente do Sindicato ressaltou a importância do encontro para que os colaboradores estejam inteirados da realidade. “Nada fora do normal. Nós entendemos que foi bom isso por parte da empresa, ela explicar para os colaboradores o que está acontecendo, mas isso não quer dizer que vá acontecer. Ainda tem muita coisa para ocorrer daqui pra lá, a gente não sabe se de fato vai sair essa licitação”, pontua. Ele conta também que “segundo o novo presidente da Câmara, o prazo é exíguo, e é capaz de não dar tempo de fazer no prazo que seria a data limite de 23 de junho”.
Ainda conforme o presidente, a VCG já está preparando os funcionários para outros possíveis cenários, como o de a empresa ficar com 50% das linhas, e a possibilidade de demissões de funcionários de diversos escalões. Amanhã, a diretoria do sindicato realizará uma reunião para definir medidas a serem tomadas com relação ao caso.
A nova concessão do transporte público de Ponta Grossa será realizada na modalidade de concorrência pública, sendo o critério de julgamento a menor tarifa de remuneração. Dessa forma, será vencedor aquele que ofertar o menor valor por quilômetro. O contrato decreta que a licitação é válida pelos próximos vinte anos.
O D’Ponta News procurou a Viação Campos Gerais que emitiu uma nota sobre os encontros com os colaboradores.
A VCG realizou duas rodas de conversa com os trocadores da empresa após muitas dúvidas e questionamentos com a publicação da minuta do edital e demais documentos que compõem o novo processo licitatório.
A principal indagação dos colaboradores estava no fato do novo contrato prever a operação com 100% de bilhetagem eletrônica, extinguindo a função dos trocadores.
Além dessa informação, a ansiedade em saber qual serão os próximos passos da atividade dentro do sistema de transporte coletivo, exigiu da empresa um posicionamento interno diante das informações disponibilizadas no site da prefeitura.
Durante os dois encontros, os trocadores questionaram sobre as datas de extinção da função, uma vez que o atual contrato termina em 11 de junho deste ano. Em todos os momentos, a direção deixou claro que este é um questionamento ainda sem resposta. “O que sabemos é que na nova licitação, pelos documentos publicados, extingue a função do trocador. Porém não sabemos quando exatamente será o término do contrato de trabalho e se isso ocorrerá gradativamente ou não”, disse o diretor de Relações Institucionais da VCG, Rodrigo Venske.