O vereador Ricardo Zampieri (Republicanos) denunciou nesta segunda-feira, 3, gastos de R$ 269.115,55 com cortinas, divisórias e persianas pela Prefeitura de Ponta Grossa. A aquisição foi feita pela Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa (FASPG) e o extrato de contrato publicado em Diário Oficial do Município no último dia 30 de julho, quinta-feira.
Para o vereador, esse tipo de gasto é desnecessário em um momento de pandemia como esse. “Sempre faço questão de enaltecer: quais são as prioridades da pasta? Será que é um gasto necessário no momento? Ainda mais num departamento que é um dos mais importantes da cidade. Ou seja, no momento em que a gente mais precisa dessa área, acaba-se empregando recursos públicos por exemplo em cortinas e divisórias”, diz.
Zampieri ainda relata que descobriu essa solicitação por meio do Diário Oficial. “O assunto foi debatido também na Câmara Municipal e, quando fui conferir o Diário Oficial, realmente estava lá essa questão dos recursos sendo empregados para cortinas e afins no valor de quase R$ 270 mil”, relata.
Por fim, o parlamentar deixa o repúdio a tal ação promovida. “Fica o meu protesto, agora não há muito o que fazer legalmente. E esse tipo de coisa não é de hoje. Lembro que se gastava milhares de reais com chás, por exemplo. Isso é coisa de gente que não sabe a mínima realidade das pessoas”, completa.
Veja a postagem feita pelo vereador no Facebook sobre esse tema:
Veja a publicação em Diário Oficial feita no último dia 30 de julho:
O que diz a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa
Em nota a Prefeitura de Ponta Grossa informou que essa é uma ação restante da ata de registro de preços, que tem como objetivo justamente a aquisição desses materiais. O poder público municipal deixa claro ainda que tal ação não é gasto, mas sim, previsão de investimento.
Confira abaixo a nota oficial:
O contrato nº 018/2020 decorreu do saldo (R$ 269.115,55) restante da ata de registro de preços FASPG nº 34/2019, que tem por objeto a aquisição de cortinas, persianas e divisórias para as unidades da FASPG, mas é importante deixar claro que não quer dizer que será gasto o valor total nesse objeto do contrato. Como essa ata venceria dia 29/07/2020, foi decidido realizar/prorrogar o contrato para que, QUANDO FOSSE NECESSÁRIO a aquisição/investimento destes bens, já tivesse os trâmites legais de contratação, evitando realizar outro processo licitatório neste momento, o que acarreta morosidade.Por isso, não se trata de “gasto” e sim de “previsão” de investimento.
Foto: Câmara Municipal de Ponta Grossa