Sexta-feira, 26 de Abril de 2024

Vereadores rejeitam abertura de CPP para investigar Felipe Passos e processo é arquivado pela segunda vez

2021-06-02 às 15:13

Os vereadores rejeitaram na sessão ordinária desta quarta-feira, 2, a abertura de uma Comissão Parlamentar Processante (CPP) contra o vereador Felipe Passos (PSDB) por quebra de decoro. O pedido dos vereadores Geraldo Stocco (PSB) e Josi do Coletivo (PSOL), unificado com o pedido do presidente municipal do PSDB, o ex-prefeito Marcelo Rangel, teve oito votos favoráveis e nove contrários, e poderia levar à cassação do mandato parlamentar.

Votos favoráveis à CPP: 
– Professor Careca (PSB)
– Hadassa Ojea (PSOL)
– Maurício Silva (PSDB)
– Joce Canto (PSC)
– Ede Pimentel (PSB)
– Izaías Salustiano (PSB)
– Julio Kuller (MDB)
– Jairton da Farmácia (DEM)

Votos contrários à CPP:
– Léo Farmacêutico (PV)
– Filipe Chociai (PV)
– Missionária Adriana (SD)
– Leandro Bianco (Republicanos)
– Divo (PSD)
– Doutor Erick (PSD)
– Paulo Balansin (PSD)
– Pastor Ezequiel (Avante)
– Celso Cieslak (PRTB)

O vereador Doutor Zeca (PSL) não estava presente e o presidente Daniel Milla (PSD) não vota.

Para a votação de hoje, 2, foram convocados pela Câmara Municipal a participarem da sessão e tomaram posse temporária os vereadores suplentes do PSDB (Maurício Silva), PSB (Professor Careca) e PSOL (Hadassa Ojea). Segundo o presidente Daniel Milla (PSD), o motivo seria o impedimento dos autores do projeto e do vereador investigado a votarem o pedido de abertura de CPP. Também tomou posse o ex-presidente da AMTT, Celso Cieslak (PRTB), passando a ocupar a vaga deixada por Valtão, após renúncia.

Felipe é acusado de assédio moral e sexual por um ex-assessor, além da prática de ‘rachadinha’ (receber dinheiro de comissionado do gabinete) dentro do Legislativo. Na última semana, Passos teve R$ 50 mil em bens bloqueados, por determinação da 2ª Vara da Fazenda Pública de Ponta Grossa, no processo que corre na Justiça.

Leia a íntegra do pedido de cassação de Stocco e Josi do Coletivo.

Leia a íntegra do pedido do PSDB

No início da sessão, Felipe Passou pediu a palavra e afirmou que, se condenado na Justiça, pede a renúncia do mandato. “Gostaria de pedir o apoio de todos os nobres para que esta votação q terá em breve, em relação a acontecer ou não a CPP, peço que todos votem contra para q eu possa realizar isso em Justiça, já que a Justiça pode me inocentar ao final. E aí fica uma questão constrangedora para toda a Câmara, se cassa um vereador que esta inocente. E um compromisso meu! Se caso houver uma condenação na Justiça, eu mesmo venho aqui, na frente de todas as pessoas que estão aqui, agradecendo meu trabalho, eu mesmo peço minha renúncia”, disse o vereador.

Geraldo Stocco (PSB) contestou o parlamentar. “Peço que os vereadores aceitem essa denúncia a fim de investigar o vereador Felipe Passos. Se não deve, não teme. Se votarem contra, estarão votando contra provas que o Ministério Público produziu. Aceitar uma denuncia não é crime nenhum”, argumentou.

Leandro Bianco (Republicanos),  Missionária Adriana (SD), do Bloco Cristão, e também Filipe Chociai (PV) e Léo Farmacêutico (PV) saíram em defesa de Passos, afirmando que o caso já está sendo conduzido na Justiça. Izaías Salustiano (PSB) e Professor Careca (PSB) defenderam a investigação e abertura da CPP. “Esse é um momento muito desgastante desta Casa de Leis. Não é questão de julgar para condenar, mas sim de abrir a CPP para ver se sim ou se não”, disse Professor Careca.

Em Abril, a Corregedoria da Câmara arquivou a outro denúncia contra Passos que pedia investigação.

Leia nota oficial emitida no período.

“A Corregedoria da Câmara Municipal de Ponta Grossa comunica que, formalizada uma denúncia contra o Vereador Felipe Passos, em razão da prática de eventual conduta. Ao receber a representação foi designado o relator (Paulo Balassin) para se manifestar, em exame prévio, sobre o prosseguimento ou não da representação. O relator opinou pela inadmissibilidade da representação por falta elementos de prova, cujo posicionamento foi submetido aos demais membros da Corregedoria, os quais por unanimidade acompanharam o voto do Relator, esclarecendo que o procedimento foi arquivado. (Vereador Paulo Balansin)

Após a votação a sessão foi suspensa para ajustes técnicos do sistema interno de votação.

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