A medicina preventiva para cães e gatos tem o objetivo de proporcionar maior qualidade de vida para os pets, além de descobrir possíveis doenças em estágios iniciais. Em entrevista ao programa Manhã Total, na Rádio Lagoa Dourada FM (105,9 para Ponta Grossa e região e 90,9 para Telêmaco Borba), nesta segunda-feira (18), a médica veterinária Marielle Cristina Carneiro dos Santos deu mais detalhes sobre a prevenção da saúde destes animais.

Marielle explica que medicina preventiva envolve tudo o que é relacionado ao animal, desde a ração consumida, o xampu utilizado nos banhos, até a escova para pentear o pêlo. Segundo ela, o objetivo da técnica é evitar que o pet fique doente. “Dentro da medicina preventiva temos a consulta de check ups, que envolve exames de modo geral para saber como está a saúde do pet, a vacinação que também é um método preventivo, e toda essa abordagem de manejo”, explica.

Conforme explica a veterinária, cada raça de cão e gato possui predisposições a doenças diferentes, como é caso do Shih-tzu, cão que tem predisposição a doenças respiratórias pelo formato do focinho. Neste caso, a profissional explica que são analisadas as medidas para amenizar os riscos de doenças, conforme as predisposições de cada um.

Os cães da raça basset, aqueles que possuem as pernas curtas e o corpo alongado, têm predisposição a problemas de coluna, devido ao próprio formato do corpo. “Para prevenir doenças de coluna, o basset precisa evitar pisos lisos, tem que ter carpete, para que ele não fique escorregando. Os potes de ração e água não podem ficar direto no chão, tem que ficar em um suporte para evitar que ele force a coluna. Normalmente a gente indica que o pote fique na altura do cotovelo do cãozinho, para que ele consiga se alimentar de forma mais confortável, independente da raça”, pontua. Manter a tosa e a higienização em dia, além de hidratar as patinhas dos cães também podem ajudar a prevenir problemas na coluna.

Animais não convencionais

Marielle Cristina conta que já atendeu diversos tipos de animais na clínica onde trabalha, a Mundo Selvagem. A lista é longa e abrange desde porquinhos da índia, coelhos, aves ring necks, até corujas, gaviões, papagaios e ouriços, por exemplo. Ela vê a domesticação destes animais ‘não convencionais’ como benéfica, já que pode beneficiar a preservação das espécies. “As pessoas gostam do que é diferente. Eu vejo como uma coisa boa, tem estudos que mostram que animais silvestres e exóticos que são mantidos em casa vivem mais, porque é reduzida a questão do estresse, não tem aquele estresse de preocupação em ser predado, a alimentação que está disponível todos os dias, o que não acontece na natureza”, diz.

Ela ainda completa. “Eu vejo como algo bacana, até a criação em cativeiro de animais, a gente tem alguns exemplos de ararinha azul, que foi reintroduzida aqui no Brasil. Ela foi extinta aqui na região e a criação em cativeiro possibilitou que os animais se reproduzissem, então vejo como algo positivo, é importante para a preservação das espécies”, finaliza.

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Confira a entrevista completa: