O governo chinês estaria considerando banir produções de Hollywood como forma de retaliação às tarifas impostas pelos Estados Unidos, segundo informações divulgadas pela Bloomberg. A medida seria uma resposta à guerra tarifária iniciada pelo ex-presidente Donald Trump, que impactou diversos setores econômicos, incluindo o comércio cultural entre os dois países.
Liu Hong, editor de uma agência de notícias estatal, e Ren Yi, influente produtor de conteúdo e neto de um ex-líder do Partido Comunista, afirmaram em redes sociais locais que o governo chinês planeja reduzir ou até proibir a importação de filmes norte-americanos. Além disso, haveria a intenção de taxar produtos agrícolas e serviços dos EUA. As declarações foram atribuídas a fontes anônimas com conhecimento das estratégias do governo chinês.
A China é o segundo maior mercado cinematográfico do mundo e desempenha um papel significativo na arrecadação global de produções hollywoodianas. Apesar de uma queda recente no interesse por filmes estrangeiros, com o público local preferindo blockbusters chineses, o país ainda representa uma fatia importante da receita dos grandes estúdios americanos.
Atualmente, a China limita a importação de grandes produções norte-americanas a 34 títulos anuais e retém 25% da bilheteria gerada no país. Filmes menores são distribuídos por empresas locais, mas estão sujeitos às rígidas regulamentações chinesas sobre datas e condições de lançamento.