O Vaticano anunciou nesta quinta-feira (8) a escolha do cardeal americano Robert Francis Prevost, como o novo papa. A fumaça branca que saiu da chaminé da Capela Sistina confirmou a eleição após votação entre 133 cardeais, colocando fim ao período de Sé Vacante, informou o G1.

Prevost, de 69 anos, se torna o primeiro papa norte-americano da história e também o primeiro oriundo de um país de maioria protestante. Ele assume o comando da Igreja Católica em um momento de perda gradual de fiéis e sob a expectativa de continuidade da agenda reformista iniciada por Francisco, falecido em abril.

Nascido em Chicago, Prevost construiu sua carreira eclesiástica principalmente no Peru, onde atuou como missionário e bispo por vários anos. Sua proximidade com Francisco, que o promoveu a cardeal em 2023, reforça a aposta de que sua gestão manterá um perfil pragmático e aberto a reformas. No Vaticano, ele ocupava até então cargos importantes como prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina.

Prevost entrou para a vida religiosa aos 22 anos e se formou em teologia na União Teológica Católica de Chicago. Foi ordenado padre em 1982 e, dois anos depois, iniciou sua missão no Peru, passando por Piura e Trujillo durante um período conturbado da política local. Em Chiclayo, onde foi bispo por quase uma década, enfrentou sua maior crise: acusações de acobertamento de abusos cometidos por dois padres, algo que ele e a diocese negam, alegando que todas as medidas exigidas pela Igreja foram seguidas.

Discreto e com perfil reformista, Prevost é conhecido por sua sólida formação teológica e por sua atuação consistente na América Latina. Sua eleição ocorre em um momento delicado para a Igreja Católica, que busca reafirmar sua relevância global enquanto lida com desafios internos e externos.