Na noite desta sexta-feira (13), o Irã lançou uma retaliação direta contra Israel, disparando mísseis e mais de 100 drones em direção ao território israelense, em resposta aos ataques aéreos que, na madrugada anterior, mataram líderes militares de alto escalão e atingiram instalações nucleares e militares no país persa.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel confirmou que todos os sistemas de defesa aérea estão operando em estado de alerta máximo para interceptar as ameaças. Sirenes de emergência foram acionadas em várias cidades israelenses, incluindo Jerusalém e Tel Aviv, onde explosões e uma grande nuvem de fumaça foram registradas após a interceptação de mísseis iranianos.

O governo de Israel orientou a população a buscar abrigos e declarou estado de emergência, fechando o espaço aéreo do país. Autoridades militares afirmaram que Israel tem capacidade de se defender sem a ajuda de aliados, mas a situação permanece tensa, com riscos de novos ataques e uma possível escalada do conflito.

O ataque iraniano foi classificado como uma resposta “pesada e sem limites” após a morte do chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e do chefe das Forças Armadas, Mohammad Bagheri, além de cientistas nucleares, em bombardeios israelenses que atingiram dezenas de alvos no Irã, incluindo a usina nuclear de Natanz.

O conflito, que já vinha se intensificando nos últimos meses, marca uma mudança do padrão de “guerra nas sombras” para um confronto aberto entre os dois países, com repercussões regionais e internacionais. A comunidade internacional acompanha com preocupação a escalada, enquanto países vizinhos, como a Jordânia, também interceptaram drones iranianos em seu espaço aéreo.