O cardeal Robert Francis Prevost, de 70 anos, foi eleito o novo papa nesta quinta-feira (08). De nacionalidade norte-americana, Prevost ocupou cargos de destaque no Vaticano e era considerado próximo e Francisco. No entanto, seu nome também está envolvido em denúncias relacionadas à condução de casos de abuso sexual no clero.
Nascido em Chicago, Prevost tem formação em Direito Canônico e trajetória missionária no Peru entre 1985 e 1999. Após retornar aos Estados Unidos, liderou a Ordem de Santo Agostinho até 2013, quando voltou ao Peru para assumir o bispado de Chiclayo. Em 2023, foi convocado a Roma por Francisco para comandar o Dicastério para os Bispos e presidir a Pontifícia Comissão para a América Latina.
Apesar da carreira ascendente, Prevost foi citado em denúncias que envolvem suposto acobertamento de abusos cometidos por membros do clero tanto nos Estados Unidos quanto no Peru. Em 2024, ele e o cardeal Blaise Cupich, também mencionado como possível papável, foram acusados de não agir diante de casos envolvendo dois padres agostinianos nos anos 1980 e 1990. Ambos os religiosos foram posteriormente condenados por abuso, conforme o Terra.
Além disso, no Peru, três religiosas acusaram Prevost de ter negligenciado uma denúncia contra dois padres. A diocese de Chiclayo informou que, à época, o então bispo recomendou que a queixa fosse levada às autoridades civis e que o processo canônico foi encerrado após o arquivamento do caso pela Justiça, por prescrição.