Domingo, 15 de Dezembro de 2024

Projeto Pezinho em Casa completa um ano no HGU

2023-03-06 às 10:40

O Projeto Pezinho em Casa, do Hospital Geral Unimed (HGU), está completando um ano. Com o intuito de personalizar o atendimento da mãe e do bebê, as coletas para o teste do pezinho são realizadas em domicílio.

A ideia surgiu em 2020, durante a pandemia e, após alguns testes-piloto, o programa foi estruturado e implantado no hospital no ano passado. De acordo com Fernanda Silva Martins, técnica de enfermagem responsável pelas coletas, quando não há complicações, um paciente pós-cirúrgico normalmente recebe alta 24 horas após a cirurgia. No caso das parturientes, este prazo se estendia por causa do teste do pezinho. “Se a coleta pudesse ser feita em casa, a paciente poderia receber alta em 24 horas e ser atendida no aconchego familiar, sem deixar de lado a segurança das condições clínicas, tanto da mãe quanto do bebê”.

Antes de receber alta, a paciente pode optar pela coleta em domicílio e aguarda o contato da equipe para o agendamento. A coleta é feita de acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, entre o terceiro e o quinto dia de vida do recém-nascido.

A enfermeira coordenadora da maternidade do HGU, Heidlane Cezar, ressalta outros cuidados realizados durante a visita. “Para garantir a segurança da alta precoce, e também para atender às recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria de segurança na alta, além da coleta, vários outros aspectos são avaliados, como amamentação, avaliação física do bebê e da mãe”.

Para Vivian Silva de Melo Fiala, dentista e mãe do Gabriel, a coleta em domicílio favorece também a rotina das famílias. “Muito mais que apenas o teste do pezinho, tirou dúvidas sobre vários assuntos. O atendimento hospitalar domiciliar é bem melhor, pois tenho outro filho pequeno e estávamos todos ansiosos para chegar em casa logo. Fiquei muito feliz com os cuidados com minha família”.

O exame é feito a partir da coleta de sangue do calcanhar do bebê e é obrigatório em todo o país. O teste permite detectar precocemente 50 doenças genéticas e metabólicas que podem desencadear a deficiência intelectual, comprometendo a saúde da criança, como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, toxoplasmose congênita e doença falciforme, por exemplo.

O engenheiro Tiago da Silva Alves, pai do Oliver que nasceu em fevereiro, comenta sobre a experiência. “Damos preferência para fazer o maior número de intervenções em casa onde nos sentimos mais seguros com nosso bebê. Por isso, fazer o teste do pezinho em casa foi surpreendente. Adoramos”.

Em 2022, o HGU registrou 1.388 nascimentos e, destes bebês, 902 receberam a equipe para coleta do teste e orientações. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2021, o programa de triagem testou 2,2 milhões de recém-nascidos.

da assessoria