Quarta-feira, 28 de Maio de 2025

35% das vítimas fatais de acidentes em rodovias do PR não usavam cinto de segurança

Dados mostram que 35% das vítimas sem cinto faleceram em acidentes nas rodovias do Paraná; concessionária intensifica ações educativas durante o Maio Amarelo
2025-05-27 às 17:32

A EPR Litoral Pioneiro, responsável por 605 quilômetros de rodovias no Paraná, faz um alerta contundente sobre a importância do uso do cinto de segurança. Um levantamento recente da concessionária revela que 35% das vítimas que não utilizavam o dispositivo de segurança faleceram no local dos acidentes registrados entre dezembro de 2024 e março de 2025 — período marcado por intenso fluxo devido às festas de fim de ano, férias e Carnaval.

Segundo o gerente de Operações da EPR Litoral Pioneiro, Fernando Milléo, muitas dessas vidas poderiam ter sido preservadas com um gesto simples: o uso do cinto de segurança. “São dados que nos chamaram a atenção neste primeiro ano de operação viária de rodovias como a BR-277, que liga Curitiba ao Litoral, e entre os Campos Gerais e o Norte Pioneiro. Muitas dessas vidas poderiam ter sido salvas com um gesto simples: o uso do cinto de segurança”, afirma.

Campanhas educativas e Maio Amarelo

A concessionária intensifica campanhas de conscientização, especialmente durante o Maio Amarelo — movimento nacional que, em 2025, traz o tema “Desacelere. Seu bem maior é a vida”. O objetivo é mobilizar motoristas e passageiros para atitudes responsáveis e respeito às leis de trânsito, buscando reduzir acidentes e fatalidades.

A EPR Litoral Pioneiro realiza ações educativas em pontos estratégicos das rodovias, orientando sobre a importância do cinto de segurança, direção defensiva e respeito aos limites de velocidade. A empresa também reforça a estrutura de atendimento operacional, com ambulâncias, guinchos e veículos de apoio disponíveis 24 horas para garantir a segurança dos usuários.

Legislação e penalidades

O uso do cinto de segurança é obrigatório para motoristas e passageiros em todas as vias do país desde 1997, conforme o artigo 65 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). O descumprimento é considerado infração grave, sujeita a multa de R$ 195,23, perda de cinco pontos na CNH e retenção do veículo até a regularização.

No caso do transporte de crianças, o CTB determina normas específicas: menores de 10 anos e com menos de 1,45m de altura devem ser transportados no banco traseiro, utilizando dispositivo de retenção adequado à idade, peso e altura. O não cumprimento configura infração gravíssima, com multa de R$ 293,47, sete pontos na CNH e retenção do veículo.

Riscos do não uso do cinto

Especialistas alertam que o relaxamento no uso do cinto, associado à falsa sensação de segurança proporcionada por airbags e outros dispositivos, contribui para o alto índice de não adesão — que pode chegar a 50% entre passageiros do banco traseiro. Entre os principais riscos estão lesões graves, arremesso do corpo para fora do veículo e ferimentos em outros ocupantes. O uso correto do cinto reduz drasticamente o risco de morte e sequelas em acidentes.

Das assessorias.