O deputado federal Aliel Machado (PSB) presidiu nesta quarta-feira, 06, uma reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados com a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes. A reunião foi proposta pelo deputado Milton Coelho (PSB-PE). Durante sua fala, Pontas prestou esclarecimentos sobre a atual situação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI). Antes do início da reunião, o parlamentar ponta-grossense recebeu o ministro na sala da presidência da CCTCI.
“Sabemos que o ministro faz um grande esforço para tocar essa que é uma das áreas prioritárias e uma das pastas mais importantes. E a Comissão tem o objetivo de auxiliar o ministério na busca das prioridades dentro do Governo para as ações que envolvem ciência e tecnologia. Há uma disputa de espaço e uma disputa orçamentária, sem orçamento não é possível desenvolver as ações. E o nosso objetivo é ter essas informações e cobrar do Governo para auxiliá-lo”, afirmou Aliel.
Por pouco mais de duas horas, o ministro falou das ações da pasta e das dificuldades enfrentadas no Ministério. Segundo ele, a falta de pessoal é o principal problema que atinge o ministério, seguido da falta de orçamento. “A gente não tem concurso público. Não consigo repor pesquisadores. Tem o Instituto Nacional da Mata Atlântica que tem 14 pesquisadores, metade pode aposentar. Se eles aposentarem, eu fecho o instituto, o que eu vou fazer?”, disse.
Para o deputado autor do convite, Milton Coelho, os avanços da ciência e tecnologia têm se mostrado imprescindíveis para superar a crise sanitária, econômica e social causada pela pandemia de Covid-19. “Tragicamente, e no momento menos oportuno, a política fiscal brasileira de caráter regressivo, associada a uma falta de visão estratégia ancorada num plano nacional de desenvolvimento que alcance gerações, está colocando a ciência brasileira e todo o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em colapso”, lamenta Coelho.
“O descompasso brasileiro é evidente. Enquanto os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) investem, em média, mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento, e países como Coreia do Sul e Israel, reconhecidamente inovadores, mais de 4%, o Brasil, em 2018, investiu pouco mais de 1% e estima-se que, em 2020, tenha investido menos de 1%”, compara o deputado.
da Assessoria