Sexta-feira, 13 de Junho de 2025

CBMPR realiza 1º Simpósio da Operação Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais

2025-06-12 às 14:42
Foto: CBMPR

A ameaça dos incêndios florestais no Paraná tem exigido mais do que ação emergencial: ela pede planejamento, articulação e uma rede integrada de resposta. Foi com esse espírito que aconteceu, o 1º Simpósio da Operação Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, evento que marcou não apenas o lançamento oficial da Operação Integrada 2025, mas também o fortalecimento da união entre instituições públicas, setor produtivo e comunidade científica.

O simpósio é uma inciativa do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), responsável pela coordenação estadual das ações de combate direto e prevenção aos incêndios florestais. A operação, que nasceu em 2018 no 6º Batalhão de Bombeiros, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, vem ganhando força a cada ano, consolidando-se como modelo de referência no país. Seu símbolo, o quati João, representa não apenas a fauna local ameaçada pelo fogo, mas também é uma homenagem ao coronel João Carlos Pinkner, in memoriam, que dedicou grande parte de sua carreira à proteção ambiental.

O evento, realizado com a presença de autoridades estaduais e federais, técnicos e pesquisadores, teve como objetivo principal alinhar estratégias, reforçar protocolos de cooperação e apresentar dados e aprendizados das últimas temporadas críticas no Paraná e também de outros estados do Brasil.

A operação de 2024 registrou ocorrências relevantes na Ilha do Mel, Ilha Grande e nos Campos Gerais, onde os incêndios atingiram proporções comparáveis aos registrados em países como Canadá e Grécia, destacou o Comandante-Geral do CBMPR, coronel  Antonio Geraldo Hiller Lino.

“No ano passado nós tivemos muitas regiões que registraram incêndios bastante intensos, quem via achava que eram aqueles incêndios que volta e meia a gente vê na TV, que acontecem lá na Europa, na Grécia ou no Canadá, Estados Unidos. Incêndios realmente importantes e significativos, mas não, aconteceram aqui em território parananense”, compara o coronel Hiller.

A complexidade do cenário climático, marcada por longos períodos de estiagem e aumento nas temperaturas, agrava a propagação do fogo, e exige um olhar especial. Por isso, o simpósio trouxe a participação estratégica de instituições como Instituto Água e Terra (IAT), o SIMEPAR, a Defesa Civil Estatual (CEDEC), o IBAMA, o ICMBio, o IDR-Paraná e a APRE – Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal. Cada uma dessas organizações compartilhou dados, metodologias e práticas de preservação e recuperação ambiental.

Campanha

Um dos momentos marcantes do encontro foi o lançamento da 4ª edição da Campanha Estadual de Prevenção aos Incêndios Florestais, uma iniciativa interinstitucional voltada à educação ambiental, sensibilização de produtores ruais, comunidades lindeiras e gestores públicos. O objetivo é claro: previnir é sempre melhor que reagir.

“Este simpósio é mais do que uma data simbólica. É um chamado à ação coordenada. Precisamos nos conhecer, nos aproximar e manter os canais de comunicações ativos. Só assim conseguiremos responder com eficácia e rapidez quando a emergência vier”, destacou o comandante.

O evento contou com palestras técnicas ministradas por especialistas das instituições parceiras, oferecendo capacitação, troca de experiências e atualização de protocolos operacionais. Em tempos de desafios ambientais crescentes, o Paraná dá um passo firme: o combate aos incêndios começa muito antes do primeiro foco de calor – começa na integração, no planejamento e na educação.

da AEN