Com exclusividade, o programa ‘Ponto de Vista’, apresentado por João Barbiero na Rede T de rádios do Paraná, na manhã deste sábado (26), entrevistou a deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann.
A deputada pondera que o desafio atual do governo federal é fazer com que os projetos que foram relançados em todo o Brasil cheguem “na ponta”, ou seja, que provoquem impacto e mudança na vida da população. Como exemplo, ela cita o relançamento do Farmácia Popular, Minha Casa Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “O governo relançou todos esses projetos e tem um processo agora em que esses municípios e Estados têm que fazer adesão a esses projetos”, explica.
“Temos um tempo ainda nesse semestre para as coisas começarem a acontecer e as pessoas começarem a sentir a diferença”, defende Hoffmann. Alguns projetos já têm início imediato, como o Bolsa Família. “Além dos R$ 600 reais, mais um recurso para crianças e adolescentes, que já começou a ter impacto. No caso do PAC são obras, que demoram um pouco mais, porque tem projeto, licitação, mas vão sair, isso movimenta a comunidade local. Nosso desafio são esses projetos chegarem na ponta. Mais médicos, por exemplo, agora vamos ter mais uma etapa”, cita.
No caso do Farmácia Popular, o programa também foi facilitado para quem possui cadastro do Bolsa Família, conforme explica Gleisi. “O governo também ampliou a quantidade de número de remédios gratuitos, além de ter aqueles remédios a preço de custo ou bem baratos, tem ainda uma lista de remédios que as pessoas podem tirar gratuitamente nas farmácias”, diz.
Juros
Sobre as taxas de juros que incidem na dívida da União, Gleisi argumenta que a redução tem que ser ainda maior. “Hoje é 13,25% sendo que temos uma inflação de 4%. Temos um juro real muito grande, o país que tem mais juro real que o Brasil é o México e chega a 4%. Isso tem um peso, porque a dívida fica maior e retira dinheiro de programas e projetos sociais. Temos que reduzir esse juro para que a dívida não cresça”, pontua.
Outra questão defendida pela deputada é baixar o juro do cartão de crédito. “Não é justificável ter juro de 400% ao ano. Aí os bancos, para baixar o juro, não podiam mais fazer parcelamento no cartão. Não tem justificativa, o grande instrumento de consumo da população é pagar parcelado no cartão sem juros, o juro incide quando você deixa de pagar. Mas não pode tirar o parcelamento, inclusive temos um projeto na câmara”, completa.
CPMI vai acabar em pizza?
Gleisi é enfática ao responder que não. “Acho que a CPMI que investiga a tentativa de golpe de 8 de janeiro não vai acabar em pizza, porque as coisas estão bem pesadas: envolvimento do comando da Polícia Miltiar do DF, de alguns comandantes das forças armadas, do próprio Bolsonaro, com gravações que foram pegas”, afirma.
“Acho que isso vai ter consequência, junta com a questão da venda das joais, envios de presentes, acho que muita gente vai ter que responder por isso, inclusive quem financiou a tentativa de golpe, acampamentos na frente dos comandos militares, quem financiou a ida do pessoal para Brasília para depredar o Supremo, o Executivo, o Palácio do Planalto, isso tudo está sendo investigado, vamos ter consequências”, completa.
Em relação à CPI do MST, Gleisi Hoffmann pondera que “eles fizeram uma CPI para criar caso”. “Hoje eu não vejo grandes invasões e problemas, pelo contrário, o governo tem conversado com o movimento, que tem se posicionado firmemente para o governo ter um programa de reforma agrária e assentamento, isso tá acontecendo, e isso naõ tem nenhuma complicação para o setor do agronegócio e dos grandes produtores”, acrescenta.
Possível cassação de Sérgio Moro
Sobre a possível cassação de Sérgio Moro e uma nova eleição para o Senado, Gleisi argumenta que “o mais importante é que se faça Justiça e que realmente o Sergio Moro tenha o seu processo com penalização, porque o que ele fez durante a campanha, os gastos que ele fez, as ilegalidades que ele cometeu, foram maiores do que o Dallagnol, são muito graves, ainda mais para ele, para um juiz que se dizia correto, fazer o que ele fez é muito feio. O que mais nos interessa, independente da disputa que possa ter, em razão dessa possivel cassação é que ele realmente pague pelo que cometeu”, finaliza.
Confira a entrevista na íntegra:
Ponto de Vista
Apresentado por João Barbiero, o programa Ponto de Vista vai ao ar semanalmente, aos sábados, das 7h às 8h, pela Rede T de Rádios do Paraná.
T Curitiba – PR
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