Sábado, 28 de Setembro de 2024

Deputada Maria Victoria (PP) afirma que investimentos da Compagas vão estimular novos empreendimentos sustentáveis

2024-06-24 às 17:22
Foto: Divulgação/Assessoria Parlamentar

A deputada estadual Maria Victoria (PP) destacou que os investimentos anunciados pela Compagas (Companhia Paranaense de Gás) vão estimular empreendimentos sustentáveis, ampliar o uso de energias renováveis e fortalecer os parques industriais em Maringá, Londrina e na Lapa.

Maria Victoria participou com o governador Ratinho Júnior (PSD) de evento, nesta segunda-feira (24), no Palácio Iguaçu, que confirmou R$ 505 milhões para a ampliação da rede canalizada e outros projetos de expansão da atuação da companhia para outras regiões do Estado.

“Uma iniciativa que vai estimular ainda mais a cadeia de biogás e biometano gerando empregos, renda e oportunidades, principalmente, no interior do Paraná. O Estado possui legislação que garante segurança jurídica e incentiva a produção de energias renováveis como o biogás, biometano e hidrogênio renovável”, disse.

“O Paraná, que é o maior gerador de energia renovável do Brasil, pode se transformar na Arábia Saudita do biogás e biometano. Temos um potencial muito grande na geração, que é feita através dos dejetos de animais e biomassa vegetal, como do setor sucroalcooleiro”, explicou o governador Ratinho Júnior.

Segundo a deputada, o Paraná conta com características econômicas para ser peça fundamental na ampliação do potencial brasileiro de produção de energias renováveis. A deputada é coordenadora da Frente Parlamentar do Hidrogênio Renovável.

“Temos matéria prima em abundância e produtores interessados em investir na produção de biogás e biometano. O plano de investimentos anunciado pela Compagas vai fortalecer parques industriais, estimular novos empreendimentos sustentáveis e ampliar o uso de energias renováveis”, pontuou.

Projetos

Um dos planos da Compagas, explicou o CEO Rafael Lamastra Junior, é chegar a 15% da participação do biometano no volume de distribuição da companhia até 2026. “Estamos muito entusiasmados com o anúncio que fizemos hoje. Acreditamos que este novo investimento fará com que o Paraná avance ainda mais no segmento de energia e infraestrutura”, afirmou.

O primeiro contrato para fornecimento de biometano para inserção na rede de distribuição de gás no Paraná foi assinado com a empresa H2A, que fornecerá à Compagas 20 mil metros cúbicos/dia a partir de julho de 2025. A parceria viabiliza a construção de uma usina em Carambeí, nos Campos Gerais, para a produção do gás renovável em uma cadeia circular, a partir de dejetos do polo leiteiro.

Londrina e Maringá

Dentro do investimento de R$ 505 milhões até 2029, a Compagas vai destinar R$ 100 milhões para a expansão da rede de gás canalizado, visando ao atendimento das cidades de Londrina e Maringá. Serão construídos, ao todo, 60 quilômetros de rede para atender os segmentos industrial, residencial, comercial e veicular no Norte do Paraná, sendo que o fornecimento na região ocorrerá 100% com biometano.

Oito quilômetros de rede serão construídos em Maringá para atender o segmento industrial da região. O projeto também contempla a instalação de um trecho de cerca de 19 quilômetros conectando os municípios de Londrina, Cambé e Rolândia para o fornecimento das indústrias instaladas no percurso. Outros trechos, que totalizam 34 quilômetros, atenderão o bairro Gleba Palhano, localizado na zona Sul de Londrina e considerado uma das regiões mais valorizadas no setor imobiliário e de intenso comércio.

Araucária e Lapa

A Compagas também anunciou a construção de 52 quilômetros de gasoduto entre os municípios de Araucária e Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba. O investimento de R$ 108 milhões vai atender um importante eixo agroindustrial do Estado e, em especial, a fábrica do Grupo Potencial Biodiesel, na cidade da Lapa.

A expectativa é finalizar as obras e iniciar o fornecimento de gás canalizado para o Grupo em 2026. “O Grupo Potencial vem fazendo grandes investimentos na cidade da Lapa, com a implantação de uma esmagadora de soja que demanda um uso maior de gás. Para isso, teremos uma ‘caldeira flex’, que pode utilizar biomassa ou qualquer tipo de gás, como o biometano”, disse o vice-presidente do Grupo Potencial, Carlos Eduardo Hammerschmidt. “Esse investimento viabilizou a construção do gasoduto, que vai ajudar no desenvolvimento da região”.

Além do gasoduto, também foi assinado um termo de compromisso entre o Governo do Estado e a Potencial para a implantação de dois dutos de biocombustível entre Araucária e Lapa. O investimento da empresa no empreendimento será de cerca de R$ 200 milhões. Um dos dutos será dedicado ao transporte de biodiesel e óleo de soja, enquanto o outro será executado de maneira versátil, de acordo com os projetos do grupo. A estrutura terá aproximadamente 50 quilômetros de comprimento, interligando as bases de distribuição dos combustíveis de Araucária à Lapa.

A planta da Potencial de biodiesel é a maior do Brasil e uma das cinco maiores do mundo, produzindo cerca de 900 milhões de litros ao ano. “Hoje o transporte desses produtos, no Brasil, é feito principalmente pelo ramal rodoviário. Com este duto, teremos agilidade, segurança e mais qualidade na entrega deste combustível, além de zerar a emissão de CO2 na distribuição”, ressaltou Hammerschmidt.

Corredor Sustentável

Outro anúncio feito pela Compagas foi o início das operações da primeira rota do Corredor Sustentável do Paraná conectando os municípios de Londrina e Paranaguá. Ao todo são 11 postos de abastecimento com GNV (gás natural veicular) e biometano para fornecimento aos veículos leves e pesados.

da Alep