Os deputados estaduais Maria Victoria (PP) e Alexandre Curi (PSD) enviaram, nesta terça-feira (10), um ofício ao Ministério da Saúde solicitando a incorporação da vacina para bronquiolite no calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).
A deputada Maria Victoria explica que a bronquiolite é uma inflamação preocupante da parte final dos brônquios, que atinge bebês, crianças e idosos. O principal causador da doença é o vírus sincicial respiratório (VSR).
“A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou que está analisando o registro da vacina que já foi aprovada nos Estados Unidos e na União Europeia. Estamos solicitando à ministra da Saúde, Nísia Trindade de Lima, a urgente incorporação da vacina contra bronquiolite no calendário de vacinação”, pontua.
“Recentemente, a Pfizer protocolou um pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o registro da vacina da bronquiolite. E nós sabemos que o Brasil é referência mundial em vacinação e rever a inclusão de novos imunizantes nas campanhas do Governo Federal é fundamental. Por isso, enviamos esse ofício ao Ministério da Saúde solicitando a inclusão desse imunizante, assim que aprovado, no calendário do Sistema Único de Saúde (SUS) para evitar doenças respiratórias graves em recém-nascidos e bebês de até seis meses de idade”, explicou Curi.
Segundo dados do Ministério da Saúde, entre janeiro e abril de 2022 foram notificados aproximadamente 3,6 mil casos de síndrome respiratória aguda grave, causados pelo VSR. A maior parte dos casos ocorreu em crianças abaixo dos quatro anos de idade.
A Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade Brasileira de Imunizações recomendam o uso do medicamento palivizumabe (são cinco injeções ao longo dos meses de maior circulação do vírus) para bebês e crianças. Porém, o medicamento só é oferecido gratuitamente para prematuros.
Registro
Segundo a Anvisa, a farmacêutica Pfizer protocolou em 28 de agosto a solicitação de registro do imunizante batizado de Abysvo. A vacina é indicada para gestantes com 32 a 36 semanas para provocar a reação imunológica contra infecções do trato respiratório inferior causadas pelo VSR nos recém-nascidos e bebês de até seis meses. Idosos com mais de 60 anos também são mais vulneráveis a desenvolver quadros respiratórios graves.
O pedido de aprovação pela Anvisa está baseado em resultados de estudos clínicos internacionais que demonstraram a segurança e a eficácia da vacina na proteção dos bebês e dos idosos.
O estudo de fase 3 contou com a participação de mais de sete mil grávidas em 18 centros de pesquisa em todo o mundo, quatro deles no Brasil. Revelou que o imunizante foi capaz de prevenir em 82% a ocorrência das formas graves de doenças respiratórias em crianças de até três meses e em 69% naqueles de até seis meses de vida. Em idosos a proteção contra quadros graves chega a 85%.
Semana
No Estado do Paraná, por proposição do líder do Governo, deputado Hussein Bakri (PSD), foi sancionada a Lei nº 21.646, que instituiu a campanha permanente de conscientização e prevenção da bronquiolite.
da Alep