Quarta-feira, 03 de Setembro de 2025

Disputa interna ameaça viabilidade da candidatura de Moro ao governo do Paraná

Federação União Progressista, formada por União Brasil e Progressistas, está dividida e pode dificultar projeto eleitoral do senador
2025-09-03 às 18:17
Divulgação

A Executiva Estadual do Progressistas no Paraná divulgou nota oficial nesta quarta-feira (3) reafirmando que ainda não há consenso sobre quem deve assumir a presidência da Federação União Progressista no estado. A indefinição se acentuou após o senador Sérgio Moro assumir o comando do União Brasil no Paraná, um dos partidos que compõem a federação. Segundo o Progressistas, a falta de acordo impede o registro de uma candidatura ao governo paranaense junto à Justiça Eleitoral, situação que reflete as tensões entre as lideranças das duas legendas e prejudica o cronograma político-eleitoral local.

Nos bastidores, nomes como o próprio Sérgio Moro, a ex-governadora Cida Borghetti e o ex-prefeito de Londrina Marcelo Belinati são cogitados como pré-candidatos da federação ao Palácio Iguaçu, mas a disputa interna e a ausência de unidade inviabilizam decisões estratégicas.

O que pode acontecer?

A falta de consenso entre União Brasil e Progressistas no comando da Federação União Progressista no Paraná coloca em risco a candidatura do senador Sérgio Moro ao governo do estado em 2026. Apesar de Moro ter assumido a presidência do União Brasil no Paraná, fortalecendo sua posição interna, o Progressistas – liderado pelo deputado Ricardo Barros e com nomes como Cida Borghetti e Marcelo Belinati – articula para garantir maior protagonismo na escolha do candidato. Nos bastidores, o grupo de Barros busca lançar nomes próprios, enquanto Moro enfrenta resistências e pode até mesmo deixar a federação caso não seja reconhecido na liderança estadual.

O impasse revela que, além da popularidade nas pesquisas de intenção de voto, Moro precisa costurar alianças e negociar espaço na federação para concretizar sua candidatura. O controle partidário no Paraná se mostra determinante, pois quem comandar a federação terá influência direta sobre os recursos de campanha e o tempo de TV, elementos essenciais para uma disputa competitiva ao Palácio Iguaçu. Se o clima de disputa interna persistir, Moro arrisca ver sua candidatura inviabilizada pelo próprio grupo ao qual pertence, em meio a uma guerra de bastidores que envolve tanto a máquina partidária quanto interesses nacionais e locais.