Segunda-feira, 30 de Setembro de 2024

“Esta é a primeira vez que estou tendo oportunidade de falar sobre esta situação”, afirma Ademar Traiano em entrevista à Rede T

2024-06-01 às 16:13
Foto: ALEP

Em entrevista ao programa ‘Ponto de Vista’, apresentado por João Barbiero na Rede T de Rádios, neste sábado (1º), o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano (PSD), falou pela primeira vez sobre o caso em que foi acusado de recebimento de propina. O fato veio à público no final de 2023. “Esta é a primeira vez que estou tendo oportunidade de falar sobre esta situação e eu nunca fugi da minha responsabilidade”, afirma.

Segundo Traiano, houve distorção dos fatos por parte da grande mídia paranaense sobre o caso. “O que eu fiz foi buscar um acordo dentro da legalidade, com respaldo do Ministério Público e do Ministério da Justiça, que validou todo esse acordo. Não era nada ilegal. Infelizmente, distorcem todo o processo. Em nenhum momento, como afirmavam taxativamente que esse entendimento foi feito em função de renovação de contrato. Primeiro que o presidente da Assembleia nunca renova contrato, a responsabilidade é sempre do 1º secretário. E nós nunca renovamos contrato com a determinada emissora que nos acusava”, diz.

“Fui criminosamente gravado por um cidadão, ele mesmo afirmava que estava dando uma contribuição em unção de períodos eleitorais,  mas eu não fugi desta situação até porque quem não deve não teme. O drama é que quando fazem matérias em determinado canal de televisão, a oportunidade de você explicar é zero. Eles gravam com você 20 minutos e colocam 1 segundo”, completa.

Traiano destaca que este é um “assunto encerrado” para ele. “Sou um homem de coragem, não devo nada, não respondo nenhum processo. O tempo que estou na vida pública, como presidente da Assembleia, isso incomoda muita gente. E infelizmente fui vítima dessa situação e não houve nenhuma ilegalidade”, afirma.

O deputado, que está há 33 anos na Assembleia Legislativa, ainda comenta que não pode mais ser presidente da Casa, em mandatos futuros, já que existe uma decisão do Supremo Tribunal Federal que impede esta possibilidade. “Mas é lógico que o tempo que eu estive a frente, com todas as mudanças e inovações implantadas neste tempo, incomodou muita gente. Eu tenho consciência de onde veio [este fato], quem foi o responsável que vazou esta matéria criminosamente, porque estava em segredo absoluto de justiça, como em qualquer outra situação que é permitida”, finaliza.

Confira a entrevista completa: