Goiaba, morango, laranja, uva e abacate estão entre as frutas produzidas no Norte Pioneiro que avançam na balança comercial do Paraná. Em 2024, o estado exportou US$ 14,01 milhões (R$ 84 milhões) em frutas – aumento de 33,9% em relação a 2023. “A goiaba de Carlópolis, por exemplo, é uma fruta especial com indicação geográfica e selo de certificação global e a exportação cresceu 580% nos últimos três anos”, disse o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD).
A região cultiva 28 das 35 espécies de frutas produzidas no estado. A concentração da produção regional em relação aos volumes estaduais é de 90,4% para a goiaba, 29,9% para o abacate, 22,1% para o morango, 14,8% para a uva e 11,6% para a laranja. “É uma evidência da força do Norte Pioneiro na fruticultura”, disse Romanelli.
A localização da região a 350 km de São Paulo e Curitiba e a 200 km do eixo Londrina/Maringá, grandes centros consumidores, também contribui para sua relevância no setor. “Este é o mercado interno. De 2020 a 2023, a exportação da goiaba de Carlópolis saiu de 16.730 kg para 113.703 kg. E o aumento nas vendas internacionais só não foi maior porque a capacidade de produção foi afetada por efeitos climáticos”, disse o deputado.
“O Norte Pioneiro criou mais nicho e expertise no mercado de frutas. A criação do curso técnico de fruticultura no campus Luiz Meneghel da Uenp em Bandeirantes é exemplo concreto de que a produção de frutas na região vai aumentar no mercado internacional”, disse Romanelli.
Mercado
Em 2024, o Paraná exportou 63 espécies de frutas para 54 países. Foram 14,46 mil toneladas, alta de 28,2%. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, organizados e tabulados pelo Ipardes. Em limões e limas foram 8,17 mil toneladas exportadas (US$ 10,19 milhões), o crescimento de 66,8%. As bananas aparecem como a segunda fruta mais relevante, alcançando US$ 1,07 milhão, seguida do abacate, com US$ 581 mil exportados, e do abacaxi, com vendas de US$ 425 mil em 2024. Na sequência estão uvas frescas (US$ 402 mil), melancias (US$ 339 mil), mangas (US$ 264 mil), mamões (US$ 198 mil) e caquis (US$ 106 mil). Melões, maçãs, kiwis, peras, ameixas, goiabas, pitaias, morangos, figos, maracujás integram a pauta de exportação paranaense.
A União Europeia se mantém como principal destino das frutas paranaenses, com a Holanda atuando como importante hub de distribuição para o mercado europeu. O país recebeu 7,53 mil toneladas de frutas do Paraná em 2024, o que representa US$ 9,73 milhões. O segundo lugar ficou com a Argentina, um dos maiores parceiros comerciais do Brasil. Foram 4,5 mil toneladas exportadas para o país vizinho, totalizando US$ 2,6 milhões. Na sequência aparece, Uruguai (US$ 454 mil), Espanha (US$ 266 mil), Paraguai (US$ 174 mil), Reino Unido (US$ 170 mil) e Alemanha (US$ 171 mil). As frutas paranaenses alcançam todos os continentes: além da Europa e América do Sul, chegam na Oceania (Palau), África (Angola, Serra Leoa, Gabão, entre outros), Ásia (Arábia Saudita, Tailândia, Hong Kong, Filipinas, Vietnã, entre outros), América Central (Panamá) e América do Norte (Canadá).
da Alep