O Tribunal do Júri de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, condenou por homicídio qualificado e ocultação de cadáver um homem denunciado pelo Ministério Público do Paraná pela morte da mulher, de 25 anos, em dezembro de 2020. Ele matou a então companheira e enterrou o corpo da vítima no quintal da casa onde moravam com o filho, então com dois anos de idade. Ele foi condenado a 21 anos, 4 meses e 7 dias de prisão em regime fechado.

As apurações do caso apontaram que, no contexto de violência doméstica e familiar, o denunciado, com 36 anos na data, asfixiou a vítima até causar sua morte e, para esconder o crime recém-cometido, enterrou o corpo na residência em que moravam. Em seguida, viajou para o município de Itapoá, no litoral de Santa Catarina, na companhia de uma mulher com quem ele mantinha um relacionamento extraconjugal, levando também o filho. O corpo da vítima foi localizado dias depois, após familiares registrarem boletim de ocorrência por seu desaparecimento. Além do filho de dois anos, ela também deixou outro, com dez anos de idade na época, fruto de relacionamento anterior.

Na sessão de julgamento, que teve início nesta terça-feira, 27 de maio, e terminou no início da manhã desta quarta, 28, o Conselho de Sentença reconheceu as qualificadoras apontadas na denúncia pela 1a. Promotoria de Justiça de Fazenda Rio Grande: o feminicídio (crime motivado em razão do sexo feminino da vítima) e o meio cruel (asfixia). Na data do crime, o feminicídio ainda era considerado pela legislação brasileira uma qualificadora do crime de homicídio. Desde 2024, o feminicídio é tipificado como um crime autônomo.

do MPPR