O El Niño, que elevou as temperaturas pelo país, chegou ao fim, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Caracterizado pelo aquecimento maior ou igual a 0,5°C das águas do Oceano Pacífico, o El Niño acontece com frequência a cada dois a sete anos. A duração média do fenômeno é de doze meses, gerando um impacto direto no aumento da temperatura global. Desta vez, ele começou em junho de 2023.
Neste ano, o fenômeno foi um dos mais intensos já registrados, com impactos por todo o país. Alguns especialistas chegaram a considerar o fenômeno um Super El Niño pela sua intensidade e extensão.
Desde fevereiro deste ano, ele vem dando sinais de enfraquecimento, mas os impactos persistiam por causa de sua intensidade. Agora, segundo o Inmet, o oceano chegou a uma temperatura dentro da média, o que indica o fim do fenômeno.
La Niña
O que os especialistas apontam é que as previsões mostram uma virada para um novo fenômeno: o La Niña, que deve começar em setembro.
O fenômeno tem o efeito inverso do El Niño e ocorre quando há o resfriamento da faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Oceano Pacífico. Ele é estabelecido quando há uma diminuição igual ou maior a 0,5°C nas águas do oceano.
Para o Brasil, os efeitos clássicos do La Niña são: aumento de chuvas no Norte e no Nordeste; tempo seco no Centro-Sul, com chuvas mais irregulares; tendência de tempo mais seco no Sul; condição mais favorável para a entrada de massas de ar frio no Brasil, gerando maior variação térmica.