Quarta-feira, 19 de Fevereiro de 2025

Julgamento de ex-policial que matou tesoureiro do PT inicia nesta terça-feira (11)

2025-02-10 às 13:31
Condenado a 20 anos pelo assassinato de Marcelo Arruda (esq), Jorge Guaranho cumprirá pena em casa – Fotos: Reprodução

O ex-policial penal Jorge Guaranho, acusado de assassinar Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, será julgado em Curitiba (PR) a partir desta terça-feira (11). O crime ocorreu em julho de 2022, durante a festa de aniversário da vítima em Foz do Iguaçu. Guaranho, que está em prisão domiciliar desde setembro de 2024, será julgado por homicídio duplamente qualificado. A decisão de transferir o julgamento para a capital paranaense foi tomada após a defesa de Guaranho alegar que o tribunal de Foz do Iguaçu poderia ser influenciado pela proximidade com a vítima.

O julgamento de Guaranho, que se iniciou nesta terça-feira, deve seguir até quinta-feira (13), conforme previsão da Justiça. O processo começa com a seleção dos jurados, que são escolhidos a partir de um sorteio entre 25 convocados e 55 suplentes. Sete jurados serão escolhidos para compor o Conselho de Sentença, que decidirá pela condenação ou absolvição do réu, com base nas perguntas feitas a cada um sobre o caso. Após a votação, o juiz definirá a pena de acordo com a maioria dos votos.

No processo, serão ouvidas testemunhas de defesa e acusação. Entre as testemunhas de defesa estão pessoas próximas a Guaranho, como sua esposa, amigos e outros conhecidos. Já as testemunhas de acusação incluem familiares de Arruda, além de pessoas que estavam no local do crime.

O homicídio ocorreu em 9 de julho de 2022, quando Jorge Guaranho, em uma atitude política, invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda, que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores (PT), e disparou contra a vítima após uma discussão sobre política. Arruda foi morto no local, e Guaranho foi preso em flagrante.

O caso gerou grande repercussão nacional, com diversas entidades e autoridades políticas condenando o crime. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a se reunir com a família de Arruda, oferecendo solidariedade pelo ocorrido. Guaranho, por sua vez, alega que sua motivação para o ataque não foi política, mas sim uma retaliação a uma agressão sofrida pela sua esposa, o que, segundo a defesa, teria sido o motivo de sua presença na festa.

Informações: CNN Brasil