O Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen/PR), referência nacional em saúde pública e o segundo mais antigo do Brasil, celebrou, nesta quinta-feira (5), seus 130 anos de história com um anúncio das obras da Fase II, uma ampliação que contará com um novo bloco de 3.000 m².
O espaço, que será construído ao fundo das edificações existentes, será dedicado à Divisão de Laboratórios de Vigilância Sanitária e Ambiental, fortalecendo ainda mais a capacidade técnica e científica da instituição. Com um investimento de R$ 30 milhões do Governo do Estado, o projeto tem previsão de conclusão em 2026.
”O Lacen é mais que um laboratório; é um símbolo de eficiência, ciência e vigilância em saúde. O novo bloco vai contemplar análise de água, de alimentos, de medicamentos. Isso tudo com custos de cerca de R$ 30 milhões que o governador Ratinho Junior colocou à disposição. Sem dúvidas uma das principais referências em saúde e pesquisa do nosso País ganha ainda mais com este anúncio”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Fundado em 1894, o Lacen/PR nasceu em Curitiba com o nome de Laboratório Chimico de Análises, sob liderança do médico Trajano Reis, e hoje é o segundo mais antigo do Brasil. Em 1988, o laboratório adotou a denominação atual, no contexto da criação do SUS, com a promulgação da Constituição Federal. Desde então, consolidou-se como um dos pilares da saúde pública no Paraná, assumindo um papel essencial no diagnóstico e controle de doenças.
De 2019 a 2024, a unidade passou por uma série de investimentos e inovações. Entre os avanços, destacam-se a implantação de diagnósticos moleculares para febre amarela, raiva (eliminando o uso de experimentação animal) e sarampo, que foi essencial no enfrentamento de um surto mundial.
Além disso, o Lacen/PR desenvolveu estratégias pioneiras, como o monitoramento molecular da dengue por meio de unidades sentinelas, e desempenhou um papel crucial durante a pandemia de Covid-19, integrando a Rede Nacional de Sequenciamento Genético (RNSG). Com o uso de tecnologia de sequenciamento genômico de última geração, foi possível monitorar rapidamente a evolução do SARS-CoV-2 e suas variantes.
Nos últimos o Lacen/PR recebeu R$ 8,85 milhões em equipamentos. Em 2023, houve um incremento de R$ 922 mil para aquisição de itens laboratoriais e, somente em 2024, mais de R$ 2,7 milhões foram investidos.
“A história do Lacen representa um capítulo fundamental na construção da saúde paranaense. São 130 anos se dedicando à vida e esse feito merece ser enaltecido”, completou o secretário.
PANDEMIA – Durante a pandemia de Covid-19, o Lacen/PR foi um dos protagonistas no enfrentamento à crise sanitária. Os dados gerados pelo laboratório influenciaram diretamente nas ações do Governo no enfrentamento ao vírus.
Em meio a homenagens pelo trabalho exercido, a diretora-geral do Lacen/PR, Célia Fagundes Cruz, rememorou as contribuições da unidade no período. “Tivemos um momento difícil, onde inclusive perdemos colaboradores que se dedicaram ao combate à pandemia. No entanto, o Lacen sempre se manteve de pé, a disposição do interesse público. A sensação que temos sobre a pandemia é de uma grande missão onde pudemos contribuir para fazer a diferença”, destacou.
PRESENÇAS – Também participaram do evento a deputada estadual Márcia Huçulack; o diretor-presidente do IBMP, Pedro Ribeiro Barbosa; o diretora-geral da Sesa, César Neves, além de representantes, trabalhadores e autoridades da saúde.
AEN
