O Ministério Público do Paraná (MP-PR) solicitou à Justiça que Leandra, suspeita de sequestrar a criança Eloah Pietra, de um ano e sete meses, permaneça presa até o julgamento do caso. Além da acusação de subtração de incapaz, o MP-PR imputou à mulher crimes como falsidade ideológica e agravantes ligados ao sequestro, como a execução do rapto sem dar chances de defesa à vítima e seus familiares.
De acordo com a denúncia, Leandra teria se apresentado como agente de saúde à mãe de Eloah, configurando o crime de falsidade ideológica. A pena prevista para o crime de subtração de incapaz, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), varia de dois meses a dois anos, mas com as qualificadoras, a punição pode ser mais severa. Já a falsidade ideológica pode resultar em uma pena de um a cinco anos, além de multa.
Leandra, que foi presa no dia 24 de janeiro, fez dois pedidos de liberdade provisória, mas até o fechamento da matéria, a Justiça ainda não havia se pronunciado sobre as solicitações. O último pedido foi apresentado no dia 30 de janeiro pelo advogado Omar Darwiche Moura, o quarto a assumir a defesa da acusada. No pedido, o defensor alegou que Leandra nunca foi condenada por crimes anteriores, possui endereço fixo e é portadora de Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Em depoimento à Polícia Civil do Paraná (PCPR), Leandra relatou que sofreu abusos físicos durante sua prisão na Cadeia Pública de Curitiba. Ela afirmou que outras detentas a agrediram, arrancando pontos cirúrgicos de um dos seus seios, sufocando-a com uma toalha e praticando outras formas de violência.
Informações: RIC Mais